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Pandemia

NOTA OFICIAL: Lockdown é a saída para salvar vidas

A fim de preservar a vida e, consequentemente, a saúde, os postos de trabalho e renda da categoria, Sindicato defende adoção de medidas que permitam que o trabalhador metalúrgico ficar seguro em casa

Diante da situação da Covid-19, na qual o Brasil vive o momento mais crítico desde o início da pandemia, em março do ano passado, a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) vem a público esclarecer que vai buscar, junto as empresas metalúrgicas, uma forma de lockdown , a partir de meios legais, para os trabalhadores da base, a fim de preservar a vida das pessoas e, consequentemente, a saúde, os postos de trabalho e renda da categoria.

Nesse intuito – da preservação da saúde, emprego e renda dos metalúrgicos – o SMetal encaminhará para as empresas da base de sua representação Pauta de Reivindicação, na qual requer que a concessão de férias coletivas além de outras ferramentas jurídicas, disponíveis, para as negociações coletivas, com o objetivo de fazer diminuir a transmissão, contaminação e a alta mortalidade dos brasileiros, com o devido distanciamento social.

As possibilidades legais trazidas são: concessão de férias coletivas, com a flexibilização do prazo de comunicação à entidade sindical; férias individuais; compensação de dias; banco de horas; banco de dias.

Nesse sentido, é de fundamental importância esclarecer que as medidas apresentadas acima não saem do bolso do patrão. São direitos adquiridos pelos trabalhadores e que serão adiantados diante da situação crítica que o país se encontra. Tal caminho garante preservar a vida dos trabalhadores e de seus familiares e, a partir dessa garantia, torna-se possível a luta pelo emprego e a renda da nossa categoria.

Esse mesmo caminho foi tomado no ano passado, quando do início da pandemia. Medidas como férias coletivas, férias normais, banco de horas, entre outras, foram colocadas em prática em dezenas de empresas da base do SMetal, garantindo que milhares de trabalhadores ficassem seguros em casa e, consequentemente, estendendo essa segurança para seus familiares, além de manter o emprego e a renda.

Tal caminho cumpre, ainda, uma função social. Garantir que os trabalhadores metalúrgicos estejam seguros em casa, contribui para a diminuição da circulação de pessoas e, como resultado, traz a redução do número de infectados e dos óbitos e desafoga a rede de saúde, tanto a pública quanto a privada. Tais afirmações estão embasadas em especialistas da saúde e em economistas de todo mundo, que defendem o lockdown como meio de salvar vidas e preservar a economia.

É importante salientar que a primeira onda da Covid-19, no ano passado, trouxe importantes lições do ponto de vista econômico. A principal delas é que apenas a diminuição no nível do contágio e, consequentemente, da mortalidade irá possibilitar a retomada da normalidade.

A parada imediata da produção nas fábricas de Sorocaba e região possibilita a diminuição dos casos e das mortes, ao mesmo tempo em que permite que a empresa faça um planejamento para repor a produção não efetivada nesse período mais difícil.

Vale ressaltar que, atualmente, o país caminha para a triste marca de 300 mil mortos, com média móvel de mais de 2 mil óbitos por dia. Somente na cidade de Sorocaba, mais de 920 pessoas perderam a vida na luta contra a doença. Somente em março, mais de 160 mortes foram registradas na cidade.

Soma-se a essa situação crítica do elevadíssimo número de mortos, a falta de leitos hospitalares – Sorocaba tem atualmente 100% ou próximo disso de ocupação nos leitos clínicos e de UTI -, falta de insumos médicos e quantidade de vacinas insuficientes para toda a população, além da necessidade de manter o distanciamento social.

Neste momento, a proteção de todos os trabalhadores e trabalhadoras – seja em questão de saúde, como na preservação de direitos fundamentais, como o emprego – é prioridade do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, que não medirá esforços para que o trabalhador não seja prejudicado pela crise que se alastra no País.

Assim, o SMetal se coloca à disposição para desenvolver as negociações coletivas dentro da boa-fé objetiva.

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