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Demissões

No décimo dia de greve na Volks paralisação é 100%

Trabalhadores saíram em passeata pela fábrica para conversar pacificamente com os companheiros que ainda não haviam cruzado os braços e tentar convencê-los a participar do movimento

CUT/SP
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Após a assembleia da manhã desta quinta (15), os trabalhadores em greve na Volks, em São Bernardo, saíram em passeata pela fábrica para conversar paci

Após a assembleia da manhã desta quinta, dia 15, os trabalhadores em greve na Volks, em São Bernardo, saíram em passeata pela fábrica para conversar pacificamente com os companheiros que ainda não haviam cruzado os braços e tentar convencê-los a participar do movimento.

Assim, uma passeata com cerca de sete mil trabalhadores dirigiu-se à ala 17 onde fica a presidência da empresa e boa parte do setor administrativo da montadora. Chegando lá, os companheiros encontraram pela frente quatro fileiras de seguranças contratados pela montadora.

“A peãozada veio se apresentar ao novo presidente da empresa e essa é a comissão de recepção que ele enviou para recebê-los”, comentou ironicamente o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.

Alguns dos trabalhadores que estavam na passeata entraram no prédio e logo em seguida todos que estavam no local deixaram a ala 17 tranquilamente e o setor deixou de funcionar.

“Hoje não tem almoço nem trabalho porque nem o setor administrativo, nem terceiros, nem o setor de alimentação que estava fazendo a comida para o pessoal em greve trabalham. A partir de agora 100% da fábrica está parada para esperar as negociações que acontecem às 14h”, afirmou Wagnão.

“O recado foi dado para os executivos. Eles ouviram o barulho e foram embora. Agora a gente segue para as demais alas porque enquanto os 800 trabalhadores demitidos não forem recontratados e essa situação não se reverter, a greve continua”, garantiu o coordenador do Comitê Sindical na Volks, Reinaldo Marques, o Frangão.

Os 800 trabalhadores souberam da demissão pela montadora por meio de telegramas recebidos às vésperas do final do ano passado, que falava para não retornarem aos seus postos de trabalho após o fim das férias coletivas, o que aconteceu no último dia 6. O movimento de greve completa hoje seu décimo dia.

Acompanharam o movimento o presidente do Sindicato, Rafael Marques, e o prefeito de Santo André, Carlos Grana.

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