Das 27 cidades da Região Metropolitana de Sorocaba, 12 escolheram “ninguém” nas eleições deste ano. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, a soma de “ninguém”, que leva em consideração os votos brancos e nulos mais as abstenções, foi superior a votação dos candidatos eleitos nesses municípios.
Em outras sete cidades, “ninguém” foi a segunda escolha dos eleitores. Em apenas oito municípios os candidatos eleitos tiveram votação maior do que a soma de branco, nulos e abstenções.
Em Sorocaba, por exemplo, José Caldini Crespo (DEM) conquistou uma vaga no segundo turno com 133.767 votos, 28.510 votos a menos que votos branco, nulos e as abstenções.
Nas cidades de Salto e Cerquilho a diferença foi bem maior, isso por que os candidatos mais votados estão impugnados. Se esse cenário se manter, em Cerquilho, Doutor Manoel (PSD) será o prefeito com apenas 2.281 votos, nada menos que 24.059 que a escolha de “ninguém”.
Em Salto, com a impugnação de Geraldo Garcia (PP), o prefeito eleito é Laerte Sonsin (PMN). Sonsin teve 11.376 votos, 45.093 a menos que os brancos, nulos e as abstenções. Com os recursos apresentados por esses candidatos os resultados da votação de domingo nessas cidades podem ser alterados.
Cenário nacional – Os índices atingidos por “ninguém” na RMS seguem os apresentados em várias partes do Brasil. Em São Paulo, por exemplo “ninguém” teve 34,84% do total de votos esse ano, superando João Dória, que ganhou no primeiro turno. Este resultado se repetiu em 541 das 5.568 cidades do país.