Quando você abrir a Folha Metalúrgica 1024 e chegar até a quarta página, terá uma informação muito interessante: o 13º salário dos metalúrgicos deve injetar mais de 237 milhões em Sorocaba e região.
Nós da direção do SMetal, que somos trabalhadores metalúrgicos, já estamos ansiosos pelo recebimento da primeira parcela da gratificação. É com esse dinheiro que podemos quitar uma dívida, comprar presentes natalinos, fazer compras, pagar parcelamentos de automóveis e imóveis. Enfim, cada um faz o que precisa com esse dinheiro.
E não é só o metalúrgico que se beneficia. De forma indireta, os proprietários de pequenos negócios, os funcionários dos supermercados e mercados de bairro, os credores, e muitas outras pessoas são impactados pelo 13º. É um ciclo virtuoso, que faz a economia girar.
Assim também é o reajuste salarial, que não somente repõe as perdas da categoria com a inflação, mas representa mais dinheiro entrando nos comércios e negócios. Bem como o Programa de Participação nos Resultados (PPR), que reverbera positivamente na economia local.
Apesar de termos conhecimento de tudo isso, a negociação é de fundamental importância para as conquistas e, por muitas vezes, é invisibilizada. No dicionário de Oxford, a palavra “invisibilidade” significa: qualidade, condição, atributo do que é invisível, do que não apresenta visibilidade. Ou seja: algo que não se vê.
Os frutos que citamos acima vêm de muita negociação por parte do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal). É um trabalho intenso de diálogo e construção coletiva.
Na Campanha Salarial, por exemplo, estamos negociando empresa por empresa. Ao todo, já conseguimos reajuste para mais de 75% da nossa categoria. Esse trabalho tem custos e demanda empenho da diretoria e dos trabalhadores do sindicato. Duas coisas que não são invisíveis, inclusive.
Por isso, quando estivermos desfrutando dos benefícios e gratificações conquistadas pelo nosso Sindicato, que saibamos reconhecer quanto suor foi derramado na construção dessas conquistas.