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Editorial

Nas ruas, só a pluralidade forma a unidade

Em defesa da democracia e contra o ajuste fiscal, trabalhadores de várias categorias, estudantes e movimentos do campo e da cidade, encheram as ruas, na quinta-feira, dia 20, com suas bandeiras

Imprensa SMetal
Divulgação

Em defesa da democracia e contra o ajuste fiscal, trabalhadores de várias categorias, estudantes e movimentos do campo e da cidade, encheram as ruas, na quinta-feira, dia 20, com suas bandeiras e com o ideal de que a transformação necessária ao Brasil passa pelo poder popular.

União entre os trabalhadores, entre os movimentos sociais e uma fina sintonia entre o campo e a cidade são necessários para se romper com as amarras da ignorância política e para se pensar, numa frente única de esquerda, um projeto para o Brasil.

É preciso pensar que sociedade queremos e partir para sua construção. Como disse o dominicano Frei Betto – que fará palestra no dia 4 – no SMetal, em um de seus artigos publicados em jornais, “não se forma uma geração sadia sem utopias e figuras paradigmáticas altruístas”.

Nossa utopia é um país soberano, com autonomia para impulsionar sua própria economia e com ações para diminuir, cada vez mais o abismo social. Queremos que todas as crianças possam estudar em escolas com qualidade de ensino e que toda a sociedade tenha acesso à comida de verdade e garantias de saúde.

Nesse sentido, há uma mudança em curso. Pelo menos há 12 anos o Brasil vem conquistando uma melhora social, mas nosso país tem extensão continental e é preciso ainda muita união e luta e povo na rua para fortalecermos esse ideal.

Temos consciência de que não basta querer que as coisas mudem, é preciso conscientização política, reivindicar muito e ser propositivo. Não concordamos com os recentes ajustes fiscais, mas não por isso, somos contra o governo. Apoiamos o sistema democrático que o Brasil conquistou a duras penas, após um terrível silenciamento da sociedade que durou 21 anos (de ditadura).

Junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) valorizamos os avanços sociais e apontamos algumas diretrizes para que a economia mude de rota. Para isso, não precisamos de xingamentos ofensivos, nem pedir enforcamento dos inimigos.

Precisamos é de coragem para formarmos uma grande frente, como a demonstrada nas ruas na quinta-feira, composta por pessoas de todas as idades, todas as etnias, de diversos segmentos da sociedade, com trabalhadores de diversas categorias.

Para deixarmos nossas diferenças de lado e nos ocupar com aquilo que nos une, as pautas da coletividade, as nossas maiores bandeiras de luta. Que a pluralidade de pessoas, de ideias, ajudem nessa construção por um país melhor.

Nossa democracia é recente, alguns ainda dizem que ela é uma criança. Já dissemos e ressaltamos aqui: precisamos de bons exemplos!

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bandeiras Comunicação Editorial folha 800 Palavra da Diretoria SMETAL trabalhadores
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