Nas últimas semanas, o governo federal lançou uma nova política voltada para fortalecer a indústria nacional. A Nova Indústria Brasil (NIB) é estruturada em seis missões traçadas no sentido de atender as demandas de modernização na indústria, sem deixar de lado as necessidades sociais e ambientais que se colocam, uma vez que os especialistas defendem que estamos vivenciando um “colapso climático”.
Esse movimento é chamado de “neoindustrialização”. O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) entende que este processo precisa equilibrar de maneira cuidadosa as questões de sustentabilidade ambiental com a preservação dos empregos, junto ao trabalho decente e a contínua geração de renda para nossa população.
Reconhecemos a urgência em adotar práticas industriais mais verdes, mas também enfatizamos a necessidade de salvaguardar o sustento de pais e mães de família.
Na visão do SMetal, a retomada da atividade industrial no país deve ser orientada por princípios que priorizem tanto a inovação ecológica, quanto a responsabilidade social. Defendemos, inclusive, que as empresas incorporem medidas de requalificação profissional para garantir que os trabalhadores não sejam deixados para trás.
Além disso, ao considerarmos o impacto das mudanças tecnológicas, devemos enfatizar a importância de criar empregos de qualidade. Não é suficiente apenas manter os postos de trabalho já existentes, é crucial garantir condições decentes e salários dignos.
Este Sindicato irá trabalhar para que os ganhos gerados pela nova atividade industrial seja repartido, também, com aqueles que trabalham para que isso aconteça. A prioridade do SMetal é defender a contrapartida dos trabalhadores e colocá-los como protagonistas nos novos modelos de trabalho.
Para o SMetal, o que importa é a proteção dos metalúrgicos e metalúrgicas, afinal, estamos falando de empregos que garantem o sustento de famílias, como você verá na página três desta edição da Folha Metalúrgica. É por meio da atuação na indústria que muitos proporcionam uma vida mais digna para seus filhos, já que é nesse segmento que se encontram os postos de trabalho mais dignos e com mais benefícios.
Essa entidade tem o mesmo sonho que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha quando começou a defender os programas de incentivo à formação como FIES, ProUni e Sisu. Queremos ver os filhos e filhas dos “peões” virarem doutores; queremos que os peões tenham seus trabalhos mantidos e, por fim, necessitamos de condições decentes pois não é possível falar em modernização da indústria, sem falar em modernização do trabalhador.