Na contramão do cenário atual, a produtividade das plantas nacionais da Toyota continuam operando com excedente da capacidade nominal e na sede de Sorocaba funcionários tiveram acréscimo de duas horas extras na jornada de trabalho diária, atuando em dois turnos (manhã e tarde). O mesmo está acontecendo na planta de Indaiatuba, onde é produzido o Corolla. Segundo a assessoria de imprensa da montadora, “a crise que afeta a indústria automobilística nacional este ano não tem reflexos sobre a Toyota, ou seja, a empresa não demitirá e nem reduzirá produção”.
Atualmente 1.600 funcionários trabalham na metalúrgica e pelo menos 400 pessoas devem ser contratadas a partir do segundo semestre desse ano. De acordo com a assessoria, a partir do ano que vem, a fábrica passará dos atuais 74 mil veículos produzidos por ano para 108 mil. O investimento será de R$ 100 milhões, aproximadamente. Os motores dos automóveis serão fornecidos pela fábrica da multinacional que está sendo instalada em Porto Feliz, quem tem previsão de inauguração no primeiro semestre de 2016. Nesta planta serão fabricados os motores 1.3L e 1.5L do Etios.
O bom momento da empresa se deve, principalmente, “ao engajamento de todo o negócio com foco no crescimento sustentável”. Isso significa dizer que a fabricante trabalha com nível de estoque zero, ao passo que mantém uma linha salutar e estável entre demanda, produção, vendas e margem. “A oferta de produtos e serviços de alto valor agregado aos consumidores nacionais também possibilitam a manutenção pela procura dos consumidores, mesmo em meio à crise como a que o setor enfrenta”, informou.
Criação de turnos
Por conta da alta demanda, a unidade do ABC paulista, em São Bernardo do Campo, onde são produzidos peças e componentes para os modelos nacionais e norte-americanos, a Toyota do Brasil estabeleceu terceiro turno em sua área da forjaria para poder manter a produção, uma vez que esta unidade passará a abastecer, também, a futura planta de Porto Feliz.