A verba, de cerca de R$ 20 mil, seria usada para o pagamento de som, luz e cachês de artistas e palestrantes
Cerca de 50 pessoas realizaram um protesto contra o cancelamento da Semana do Hip Hop, na manhã desta terça-feira, dia 25, na Câmara de Vereadores. Uma carta de repúdio foi entregue aos parlamentares e a para imprensa.
Segundo o documento, assinado pelo Fórum do Hip Hop de Sorocaba, o fato de a prefeitura cancelar o evento também levou a perda de apoio estrututal e financeiro do Sesc Sorocaba, que correspondia a três dos setes dias da Semana do Hip Hop. A carta também aponta que todos os anos é preciso cobrar para que a semana aconteça, mesmo sendo estabelecida pela lei 7.359/2005.
De acordo com Vinícius Nascimento, o evento foi cancelado verbalmente pelo diretor de área de gestão cultural da Secretaria de Cultura, Régis Massarotto, em 13 de outubro. “Diferente da maneira oficial que a Secult nos chamou para montar a comissão organizadora do evento, o Régis nos disse que recebeu um e-mail do COTIM (Comitê de Otimização de Gasto Público) vetando nosso uso da verba reservada a nós porque ‘aos olhos do Ministério Público, não são prioridades'”.
Para Nascimento, a Semana do Hip Hop se completa com a Semana da Consciência Negra. “Ela nos proporciona um encontro, uma partilha e uma difusão enorme daquilo que temos como usos e costumes o ano todo, este estilo de vida jovem, inquieto, empático e evolutivo. Ela representa o reconhecimento de uma postura sociocultural, obtida pela arte, mas assim como a Capoeira, luta disfarçada de dança, também é um exercício de resistência aos opositores que sabemos que ainda existem e não são poucos”.
Nascimento completa que, ao contrário do que muitos pensam, não é uma festa. “Ou melhor, uma mera festa, é a contemplação de algo muito querido e importante que infelizmente, somente para quem vive 24h por dia, saberá ao certo seu valor”.
