Uma das reivindicações dos moradores é a implantação de um binário para que a rua Augusto Antunes Viera passe a ser apenas de mão única
Moradores da Rua Augusto Antunes Vieira, no Jardim Tatiana, em Sorocaba, reclamam dos transtornos causados pela movimentação de veículos pesados, falta de iluminação e veículos que trafegam pelo local acima da velocidade permitida.
De acordo com o metalúrgico V.A (que pediu para não ser identificado) há mais ou menos cinco anos o fluxo de veículos tem aumentado significativamente naquela rua.
“Uma das coisas que contribui para esses transtornos são os vários motoristas, principalmente de caminhões, que passam por aqui apenas para desviar do comando policial que tem na Rodovia João Leme dos Santos (SP-079), e com isso, o trânsito fica caótico, principalmente a partir das 14h. É impossível retirar ou colocar o carro na garagem. Já fizemos várias reclamações para que essa rua seja de mão única, fazendo com que os carros somente desçam por ela e subam pela rua de trás, mas a Prefeitura e a Urbes alegam que não é viável”, explica o morador.
Outra reclamação é em relação à velocidade dos carros. Os moradores reivindicam um radar. Há placas indicando 40km, outras indicando 30km, mas os motoristas nunca respeitam as sinalizações.
Segundo o morador, nesses cinco anos ele já presenciou mais de 20 acidentes pela rua, a maioria deles envolvendo veículos que estavam acima da velocidade, pois há apenas uma lombada no início da rua.
Poste sem iluminação
Outro problema encontrado no local é a falta de iluminação na altura do número 241, onde há um poste sem lâmpada. Sentindo-se inseguro com a situação, o aposentado Antônio Valentim, de 67 anos, improvisou um holofote no poste de sua casa para ajudar a visão e diminuir a insegurança de quem passa por ali.
“É muito inseguro passar por aqui durante a noite, não tem luz! Eu pago do meu bolso a iluminação que eu improvisei aqui no poste, pois eu e minha família precisamos ter o mínimo possível de segurança ao sair aqui na frente. Como não tem luz, do outro lado da rua, param vários carros durante a noite com pessoas em atitudes suspeitas que acabam gerando insegurança para nós”, explica.
Valentim mora no local há 26 anos, ele é conhecido no bairro como Índio. Em frente à casa dele tem uma área que serve para a entrada e saída de caminhões de uma empresa de refrigerantes, mas segundo ele, raramente o local é utilizado pra este fim, fazendo com pessoas utilizem o local para o consumo de entorpecentes.
Reclamação antiga
Outro morador que diz reclamar da situação há anos, é o autônomo Vanderlei Carrasco, 60. Segundo ele, desde 2009 reivindica mudanças no local.
“A Prefeitura sempre alega que não tem dinheiro pra executar as obras aqui, mas pra recapear as ruas do Parque Campolim ela tem, é sempre assim! Quando tem shows no Centro Hípico Pagliato essa rua vira um caos, ninguém consegue passar, já teve vezes em que eu ia sair de madrugada para trabalhar e tinha carro estacionado aqui na frente da minha casa, quando tem show é sempre assim”, explica.
Segundo Carrasco, a Prefeitura deveria asfaltar a Rua Salvador Roque Romano, que fica no final da Augusto Antunes Vieira, assim os veículos poderiam desviar o caminho e melhorar o trânsito no local.
Resposta da Prefeitura de Sorocaba
Questionada sobre as reivindicações dos moradores, a Prefeitura de Sorocaba enviou uma nota à imprensa, alegando que a Urbes – Trânsito e Transportes foi no local em janeiro deste ano e implantou um dispositivo, tipo lombada, na mencionada via, o que promoveu a redução de velocidade. Quanto ao binário, a Prefeitura alegou que no momento não é possível realizar a execução do mesmo, considerando que parte da Rua Salvador Roque Romano não possui pavimento asfáltico.
Ainda na nota, a Prefeitura alega que de acordo com a Secretaria de Mobilidade, Desenvolvimento Urbano e Obras (Semob), a referida via estava contemplada por um pacote de pavimentação, mas devido à crise financeira que o País está passando, atingindo também a Prefeitura de Sorocaba, não há previsão de quando o serviço será realizado.
