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Sorocaba

Moradores do Júlio de Mesquita se mobilizam e prefeitura limpa terrenos

O governo municipal começou a limpar e roçar as áreas e existe a possibilidade de revitalização dos terrenos

Imprensa SMetal
Gabrielli Duarte/Imprensa SMetal

Marcos Felisberto é um dos moradores que está na luta por melhorias no bairro há quatro anos

Após realizarem um protesto, em fevereiro deste ano, e pedirem apoio de vereadores para cobrar da prefeitura a limpeza de dois terrenos abandonados, moradores do bairro Júlio de Mesquita Filho (Sorocaba 1) viram, na semana passada, seu empenho comunitário começar a dar resultados. O governo municipal começou a limpar e roçar as áreas e existe a possibilidade de revitalização dos terrenos.

Os terrenos são de propriedade do município e ficam entre as ruas Professor Aloísio Vieira e Nilza Zilá Silvati Viana.

O protesto de moradores, realizado dia 7 de fevereiro, contou com a participação dos vereadores Izídio de Brito (PT) e Gervino Gonçalves, o Cláudio do Sorocaba 1 (PR); este último, presidente da Câmara. A imprensa SMetal cobriu a manifestação (clique para ler).

Além de apoiar o ato público, os vereadores enviaram ofícios e requerimentos à prefeitura solicitando limpeza e revitalização das duas áreas em estado de abandono. Cláudio entregou a um morador cópias de ofícios em que ele pede revitalização das áreas.

Izídio também tem enviado pedidos de revitalização ao governo municipal e defende, com base nas solicitações dos moradores, a construção de uma academia ao ar livre em um dos terrenos.

Procurada pela Imprensa SMetal, a Secretaria de Serviços Públicos (Serp) da prefeitura afirmou, por meio da Secretaria de Comunicação, que a academia ao ar livre não está nos planos da administração municipal atualmente. Porém, a melhoria não foi totalmente descartada. “A solicitação será estudada pela Serp e poderá ser atendida futuramente”, diz a nota da prefeitura.

Providências tomadas

No terreno onde funcionava o ecoponto, segundo moradores, não havia fiscalização nem uma rotina de trabalho ambiental. Por isso, o local sempre serviu muito mais como depósito de entulhos do que para coleta de materiais recicláveis. “Havia muito vandalismo ali, com frequência queimavam madeira e pneus à noite, enchendo as ruas e as casas de fumaça”, conta Marcos Felisberto da Silva, que mora no bairro há 25 anos e é vizinho dos terrenos abandonados.

Marcos é metalúrgico aposentado e trabalhou por 30 anos, de 1984 a 2014, na empresa Apex Tool, fabricante de ferramentas localizada na zona industrial de Sorocaba.
Recentemente a prefeitura transferiu os equipamentos do ecoponto para outro local do bairro, na Rua 19, e roçou o mato que servia de esconderijo para usuários de drogas. Agora os moradores aguardam a confirmação de que a área será revitalizada.

Já o outro terreno, de esquina, era coberto de mato e árvores inapropriadas para a área urbana, da qual caiam vagens que sujavam as ruas e entupiam bocas-de-lobo. Na semana passada as árvores foram arrancadas pela Prefeitura. É nesse terreno, de mais de 2 mil metros quadrados, que moradores e parlamentares tentam convencer a administração municipal a construir uma academia ao ar livre.

De acordo com Marcos Felisberto, a luta dos moradores para melhor aproveitamento das áreas públicas daquela região do bairro já dura mais de quatro anos.

Lixo, ratos, dengue e drogas

De acordo com reclamações moradores, nos terrenos proliferavam ratos e escorpiões, além de acumularem água parada devido aos entulhos, servindo de potencial criadouro do mosquito da dengue. Os locais também serviam de ponto de encontro de usuários de drogas.

Segundo Marcos, poucas semanas após o protesto, a prefeitura começou pelo menos a limpar uma das áreas, onde funcionava um ecoponto.

Porém, nesse aspecto, Marcos ressalta a falta de conscientização da população. “Pouco tempo depois de limpo, as pessoas começaram a jogar lixo, móveis velhos e até pneus no local outra vez. Recentemente a prefeitura veio e limpou de novo. Tirou dois caminhões de entulho do local. Mas as pessoas já começaram a sujar a área novamente, mesmo havendo uma placa da prefeitura prevendo multa para quem fizer isso”, conta.

Para o vereador Izídio, a questão do descarte de inservíveise e resíduos inertes ainda é mal resolvida em Sorocaba. “Claro que a população tem que fazer sua parte e não jogar entulhos em terrenos vazios. Mas o poder público também deve oferecer aos munícipes opções para descarte, sem ser exclusivamente pela contratação de caçambas das empresas particulares, como acontece hoje”, defende o parlamentar.

Moradores do Júlio de Mesquita se mobilizam e prefeitura limpa terrenos

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