No dia 13 deste mês, o relator da Reforma da Previdência na Comissão Especial, Samuel Moreira (PSDB), apresentou um relatório com modificações na Proposta de Emenda Constitucional (PEC).
Entre elas, a retirada dos cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC), das mudanças na aposentadoria rural e a capitalização.
Mas, de acordo com o economista da subseção do Dieese dos Metalúrgicos de Sorocaba, Fernando Lima, a essência da reforma continua a mesma, de rebaixar os valores dos benefícios e de dificultar ainda mais a aposentadoria.
“A proposta continua escandalosa. Para receber o valor integral da aposentadoria seria preciso trabalhar até 65 anos para homem e 62 para mulher e, ambos, ter ainda 40 anos de contribuição. Pela proposta, o trabalhador tem que contribuir mais para receber menos, pois ela aumenta de 11% para 14% a alíquota de contribuição para quem recebe na faixa de R$ 3.000,01 a R$ 5.839,45. Para frisar, se for aprovada, pagaríamos mais todo mês para receber bem menos na aposentadoria”, explica o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Silvio Ferreira, que também é formado em economia.