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Pela democracia

Mobilização reúne 60 mil contra o golpe na Praça da Sé

O que está em jogo é a luta de classes. Quem apoia o golpe deixa claro que quer reduzir direitos

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Diversas faixas e cores puderam ser vistas durante o ato na Praça da Sé, região central da capital paulista

Diversas faixas e cores puderam ser vistas durante o ato na Praça da Sé, região central da capital paulista

Cerca de 60 mil pessoas se reuniram ontem, dia 31 de março, na Praça da Sé, em São Paulo, para repudiar a tentativa de golpe jurídico-midiático, que tenta derrubar o governo Dilma.

Ao mesmo tempo, militantes sociais e sindicais cobraram novas medidas contra o ajuste fiscal e também uma nova política por parte do governo.

Ontem, dia 31 de março, é emblemático porque foi o dia em que se completou 52 anos do golpe de estado que tirou o presidente João Goulart (Jango) do poder, em 1964.

Diversas faixas e cores puderam ser vistas durante o ato na Praça da Sé, região central da capital paulista. Os manifestantes repudiaram a aliança da mídia com o setor empresarial que apoia, historicamente, o golpe no Brasil.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, é preciso unir os trabalhadores e alertar que quem está apoiando o golpe (chamado de impeachment) são setores conservadores como a Fiesp e o PMDB, que têm a redução de direitos como projeto para o Brasil.

“Há um jogo de interesses e quem está dando apoio irrestrito ao processo de impeachment não está pensando em beneficar a classe trabalhadora”, afirma Soares.

Em todo o Brasil

Há repúdio aos ataques à democracia brasileira em todos os cantos do país. Diversas capitais tiveram atos, que no total, reuniram cerca de 800 mil pessoas preocupadas com o futuro do sistema democrático.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) apoia o golpe, assim como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB). O neurocientista Miguel Nicolelis, o cantor e compositor Chico Buarque, os movimentos sociais e sindicais do país, assim como intelectuais acadêmicos do Brasil e do exterior têm se manifestado contra os perigos que representa para a sociedade um impeachment sem provas, sem crime.

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