Na manhã deste sábado, dia 8, lideranças de movimentos sociais, centrais sindicais e a população geral foram às ruas em mobilização contra a atual taxa de juros praticada pelo Banco Central (BC) de 13,75%. A concentração para o ato ocorreu na praça Frei Baraúna, a partir das 9h, e a passeata seguiu por diversas vias do centro da cidade; o encerramento da ação aconteceu perto do meio dia, no Largo do Rosário (Praça Doutor Ferreira Braga).
Além de palavras de ordem contra a política monetária do BC, os manifestantes também pediram o impeachment do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que foi empossado em 2021 pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro. Diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) também participaram da atividade e somaram forças para o ato.
De acordo com as lideranças locais, a gestão de Campos Neto é um rastro do antigo governo. “Nós sabemos que não há explicações para uma taxa Selic de 13,75% enquanto a inflação está estabilizada. A forma que Campos Neto faz a condução do BC é uma herança negativa do antigo governo. Com essa política, não veremos o Brasil crescer tudo que pode”, comentou o presidente do SMetal, Leandro Soares.
A ação foi encabeçada por diversas frentes progressistas da cidade. O coordenador da sub sede da CUT-SP em Sorocaba, Antonio Sergio de Moraes, afirma que a manifestação acontece em defesa dos que mais sofrem com os efeitos dos juros. “Fizemos uma passeata em manifesto contra os juros altos. No nosso entendimento, esses juros acabam travando a economia e a renda dos trabalhadores. As pessoas não conseguem comprar, financiar casa, etc, por conta dos juros altos. Os mais pobres acabam sofrendo mais”, comentou.
Segundo a organização, a ideia é pressionar o BC por mudanças que sejam favoráveis ao povo brasileiro. Para eles, participar de protestos contra os juros altos é uma forma de demonstrar insatisfação com as políticas econômicas que prejudicam a população.
Os participantes da mobilização também distribuíram adesivos com os dizeres: “Juros altos – Poucos lucram, todos perdem”. Um material explicativo sobre o funcionamento do Banco Central, e o impacto social/econômico da taxa de juros no bolso do trabalhador, também foi entregue para quem passava pelas ruas do centro e, também, nas mãos dos trabalhadores do comércio local. Leia o conteúdo aqui.