Trabalhadores da Tecforja, liderados pelo SMetal, protestaram, na manhã desta segunda-feira, dia 22, na frente da empresa contra demissões, atrasos de salários e suspensão do convênio médico.
Oitenta trabalhadores, entre atuais e demitidos, estavam presentes no protesto que aconteceu por volta das 6h30 e durou aproximadamente 1h30.
De acordo com o vice-presidente do SMetal, Tiago Almeida do Nascimento, a empresa suspendeu o convênio médico dos funcionários há mais de um ano e desde o final de 2014 os salários vem sendo pagos com atraso.
O trabalhador demitido, Irineu de Souza Junior, 31, trabalhou seis anos na empresa e conta que foi demitido em agosto de 2014. “Saí com uma mão na frente e a outra atrás, simplesmente alegaram que se eu quisesse receber minhas verbas rescisórias que eu entrasse na Justiça, pois entrei e a audiência aconteceu em março deste ano, mas ainda estou sem receber nada, recebi apenas meus dias trabalhados”.
O trabalhador A.M, que pediu para não ser identificado, trabalha atualmente na empresa e afirma que “todos os meses o pagamento é depositado com atraso. Este mês, por exemplo, nós recebemos no dia 12, sendo que deveríamos ter recebido no dia 5”.
Reunião com a empresa
Ainda de acordo com Tiago, aconteceu na tarde desta segunda-feira, 22, uma reunião entre o Sindicato e a empresa, onde a mesma alegou que até o final deste mês apresentará um plano de recuperação para saldar seus débitos, pagar os trabalhadores em dia e acertar a retomada de benefícios como o convênio médico.
A Tecforja fica no bairro Cajuru e tem 180 funcionários. Ela fabrica peças para o setor automobilístico.