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Metalúrgicos do ABC aprovam 10% de reajuste

EM SOROCABA, NEGOCIAÇÕES E MOBILIZAÇÕES POR REAJUSTE MAIOR CONTINUAM

Imprensa SMetal
Foguinho/Smetal
Em Sorocaba, metalúrgicos fazem negociações e mobilizações por fábrica para obter reajustes maiores. Na foto, assembleia na Scherdel nesta terça, 20

Em Sorocaba, metalúrgicos fazem negociações e mobilizações por fábrica para obter reajustes maiores. Na foto, assembleia na Scherdel nesta terça, 20

Na noite desta terça-feira, dia 20 de setembro, os metalúrgicos da região do ABC aprovaram propostas de quatro grupos patronais do setor que ofereceram 10% de reajuste salarial (Grupos 2, 3, Fundição e Estamparia).

As negociações estaduais estão sendo lideradas pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), que ainda aguarda avaliação de outros 13 sindicatos sobre as propostas apresentadas, inclusive a região de Sorocaba, onde ainda não há acordos aprovados.

O Sindicato dos metalúrgicos de Sorocaba reivindica reajuste superior a 10% e está em negociação com diversas empresas da região para melhorar a proposta. Enquanto isso, o Sindicato não vai assinar acordo estadual.

Além de Sorocaba, também os metalúrgicos de Itu e Taubaté estão negociando por fábrica ou grupo de empresas e têm conseguido avanços nas propostas.

Nesta quarta-feira, dia 21, a diretoria do Sindicato em Sorocaba vai se reunir para avaliar as negociações dos últimos dias. Ao mesmo tempo, continuam os protestos e mobilizações nas fábricas da região. Caso não haja acordo, não estão descartadas paralisações.

Para isso, a direção sindical em Sorocaba pede unidade, mobilização e participação da categoria, que soma 44 mil trabalhadores na região.

Veja abaixo íntegra da nota enviada pelo Sindicato do ABC à imprensa na noite desta terça-feira, dia 20.

Metalúrgicos do ABC conquistam 10% de reajuste salarial
Após mais de 15 dias de pressão, 100 assembleias, paralisações pontuais e aviso de greve, os metalúrgicos do ABC conquistaram 10% de aumento salarial (7,39% do INPC do período mais 2,44% de aumento real). O índice foi aprovado, por unanimidade, em assembleia realizada no início da noite desta terça-feira (20), na rua em frente à Regional do Sindicato, em Diadema. A categoria decretou aviso de greve na semana passada, quando também decidiu que, se as empresas não chegassem aos 10%, seria decretada greve geral por tempo indeterminado. Não foi preciso. As empresas cederam.

O reajuste vale para os grupos 2, 3, Fundição e Estamparia e é igual ao conquistado pelos trabalhadores nas montadoras, em 28 de agosto. As negociações prosseguem, porém, com os grupos 8 e 10. O G8 estava em assembleia patronal ontem à noite e tudo indicava que fecharia acordo com o mesmo índice ATÉ amanhã (21) e o G10 em negociação com a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT.

“Por mais um ano conseguimos um índice igual para todos os metalúrgicos. Apesar de a categoria ser muito diversa, com grandes, médias e pequenas empresas, a conquista é resultado de uma campanha bem definida e, principalmente, por da mobilização de vocês, trabalhadores”, disse o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, que acredita que a conquista se estenderá aos grupos 8 e 10. Também foi aprovado na assembleia de ontem que o abono será discutido por empresa,

CARTA DE APOIO À DILMA

Sérgio Nobre colocou em votação que o Sindicato, em nome da categoria, envie uma carta à presidente Dilma Rousseff reconhecendo a sua coragem em aumentar o IPI dos carros importados. A proposta foi ovacionada e aprovada por unanimidade.

“A presidente sofre uma forte oposição de setores poderosos. Basta ver a opinião dos grandes jornais sobre o aumento do IPI. É porque os importadores são grandes anunciantes. Então, tomo a liberdade de pedir a vocês a aprovação da carta em reconhecimento ao ato do governo federal, que se preocupa em preservar empregos e a produção nacional”, afirmou Sérgio Nobre ao final da assembléia.


LUTA CONTINUA EM SOROCABA

Em Sorocaba, nesta terça, dia 20, houve assembleias de mobilização na ZF Lemforder (foto), Edscha e Jabil. Negociações locais por reajuste acima de 10% continuam

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