Em reunião realizada nesta quarta-feira, 18, os 13 sindicatos dos metalúrgicos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos de São Paulo (FEM-CUT/SP) definiram intensificar a mobilização nas bases da categoria para conquistar 2% de aumento real, além da reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 4,06% neste ano, e as cláusulas sociais.
Após quase dois meses da data-base dos metalúrgicos de São Paulo, que foi em 1º de setembro, os grupos patronais não apresentaram propostas que sejam satisfatórias para a categoria.
O presidente do SMetal, Leandro Soares, destaca a importância da unidade dos sindicatos filiados à federação em torno desta luta.
“Assim como Sorocaba, os demais sindicatos realizaram assembleias com os trabalhadores para reforçar a busca pelo aumento real de 2% e a renovação da CCT”, afirma.
Durante a reunião, a FEM falou sobre as propostas que o patronal apresentou e nenhuma delas contempla as reivindicações da categoria, pelo contrário.
O secretário-geral do SMetal, Silvio Luiz Ferreira da Silva, afirma que gostaria de entender porque tanta morosidade nas negociações. “Infelizmente saímos daqui com uma notícia não muito boa”, destaca.
Leandro reforça que os patronais devem valorizar os trabalhadores, especialmente após os retrocessos dos direitos trabalhistas dos últimos anos. “Seguiremos lutando pelo compromisso que firmamos com os trabalhadores em assembleia”, destaca.
Metalúrgicos de Sorocaba
Em Sorocaba, após assembleia geral realizada com a categoria no último dia 6, o SMetal segue negociando com as empresas e mobilizando a base da categoria. É o caso da Tamboré, que após dois dias de braços cruzados, os trabalhadores conquistaram aumento real.
Além disso, Silvio conta que cerca de cem empresas já firmaram acordo com o SMetal com aumento real e que uma reunião entre a diretoria do SMetal e empresários está marcada para a próxima sexta-feira, 20, para dar andamento nos demais acordos.
“As empresas nos falam que não é um número impossível de chegar e que os sindicatos patronais não os representam”, questiona.
Uma nova reunião da Federação ficou marcada para o dia 31 de outubro. Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP afirma que “a mobilização continua. É luta, é mobilização e é construção da nossa Convenção Coletiva de Trabalho de 2023. Todos juntos nas fábricas e prontos para mobilização para garantir o reajuste”.