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Metalúrgicos de São Paulo debatem luta pela igualdade racial

A Secretaria de Políticas Sociais da FEM tem avançado na construção do Coletivo de Igualdade Racial. Na quinta, dia 10, dirigentes se reuniram para debater as raízes do racismo no mundo do trabalho

Imprensa FEM
Viviane Barbosa/Mídia Consulte

Reunião aconteceu na quinta-feira, dia 10, na sede da FEM, em São Bernardo do Campo

A Secretaria de Políticas Sociais da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo (FEM/CUT) deu um passo importante para a construção do Coletivo de Igualdade Racial da entidade. Em reunião realizada na quinta-feira, dia 10, na sede da Federação, em São Bernardo do Campo, dirigentes debateram as raízes do racismo no mundo do trabalho.

Participaram da atividade representantes dos sindicatos dos metalúrgicos de Pindamonhangaba, ABC e São Carlos, além da secretária Estadual de Combate à Discriminação Racial da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva, da secretária de Igualdade Racial da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Christiane Aparecida dos Santos, e da economista da Subseção do Dieese na FEM-CUT, Carolina Gonçalves.

Para o secretário de Políticas Sociais da Federação, Edivaldo José de Moura (Pula-Pula), é importante que todos os sindicatos filiados incorporem nas suas agendas sindicais a questão racial e fomente esse debate com os trabalhadores no chão de fábrica. “Além da campanha salarial, temos que fazer o debate com a nossa categoria sobre os combates à discriminação de raça, gênero, desigualdade, assédio moral e as diferenças salariais. Desta maneira, estaremos dando um passo em busca da igualdade” ressalta.

Institucionalizado
Dados revelam que os negros são os que mais que mais são assassinados, os que têm menor nível de instrução, os menores salários, o menor acesso à saúde, os que morrem mais cedo e o que menos participam no Produto Interno Bruto (PIB).

A dirigente da CUT/SP, Rosane Silva, explicou que mesmo presente na população, boa parte ainda nega a sua existência. “Temos que olhar para dentro da nossa casa. É importante disseminar o debate pelas bases, porque o racismo está enraizado na sociedade. Esse é um trabalho contínuo e não pode parar. Nós do movimento sindical cutista somos de vanguarda e, portanto, temos que mudar essa realidade”, diz.

A secretária da Igualdade Racial da CNM/CUT, Christiane, concorda e acrescenta que é importante “priorizar o tema”. “Discutir a questão racial não é fácil, sabemos que o movimento sindical não prioriza esta pauta, por isso, esse é o nosso papel. Parabéns, companheiro, Pula pela iniciativa, que envolveu atores importantes como a CUT/SP e a CNM/CUT. Esse é o caminho. A união faz a força e a diferença, e vamos precisar na questão racial”, relata.

A sindicalista socializou que no Encontro Nacional de Igualdade Racional promovido pela CNM/CUT, nos dias 4 e 5 de agosto, foi criado o Coletivo Nacional e outra novidade foi a integração de todos os coletivos da Confederação (Juventude, Mulher e Raça). “São temas transversais, portanto, temos que trabalhar juntos e de forma integrada”, finaliza.

Encaminhamentos
No término da reunião, dirigentes e assessores definiram encaminhamentos para consolidar a construção do Coletivo de Igualdade Racial da Federação de São Paulo. A participação dos sindicatos metalúrgicos na Marcha das Mulheres Negras, “Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver”, que acontecerá no dia 18 de novembro, em Brasília, é a primeira iniciativa.

Outra ação é a realização de um curso voltado para os dirigentes do ramo metalúrgico para possam colocar em prática a luta pela igualdade racial. “Também faremos um Jornal da FEM que reunirá todas as nossas lutas sobre a questão racial”, finaliza Pula-Pula.

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