Busca
Busca
Mobilização

Metalúrgicos da Schaeffler protestam contra horas-extras

O SMetal e o CSE realizaram no sábado, dia 18, um protesto contra horas extras na fábrica, em Sorocaba. Os dirigentes abordaram os trabalhadores e pediam que não fizessem horas extras

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Madrugada: Dirigentes abordaram trabalhadores que chegavam para o 1° turno

Madrugada: Dirigentes abordaram trabalhadores que chegavam para o 1° turno

O Sindicato dos Metalúrgicos e o Comitê Sindical de Empresa (CSE) realizaram no sábado, dia 18, um protesto contra horas extras na fábrica, em Sorocaba. Os dirigentes abordaram os veículos que chegavam com trabalhadores na porta da fábrica, desde as primeiras horas da manhã, e pediam que não entrassem fazer horas extras. A grande maioria atendeu ao pedido dos sindicalistas.

“A empresa alega crise de mercado para demitir trabalhadores e se negar a firmar acordos trabalhistas. É contraditório ela agora exigir horas extras dos metalúrgicos se o mercado de autopeças está tão ruim como a empresa diz”, afirma Valdeci Henrique, membro do CSE na Schaeffler e vice-presidente eleito do SMetal.

Valdeci também afirma que a empresa sequer se dispôs, até agora, a firmar o calendário anual de trabalho, pelo qual o funcionário pode planejar seus dias de trabalho e descanso. “Sob o argumento de crise e diante das ameaças de desregulamentação dos direitos trabalhistas, contidos na reforma de Michel Temer, a empresa se recusa a apresentar propostas”, reclama o dirigente.

O presidente do Sindicato, Ademilson Terto, também membro do CSE na Schaeffler, lembra que as horas extras também inibem a criação de novos postos de trabalho.

“Protestos semelhantes ao dos trabalhadores na Schaeffler devem acontecer em outras fábricas. As empresas trocam a manutenção e criação de empregos pela exigência de horas extras. Sabemos que a remuneração extra muitas vezes é importante para o trabalhador. Mas com certeza não é mais importante do que forçar o patrão a manter e ampliar os postos de trabalho”, defende Terto.

tags
comitês dirigentes Extra fábrica horas protesto sindicais trabalhadores
VEJA
TAMBÉM