O acordo de PPR da Jurid foi aprovado em assembleia realizada nesta terça-feira, 23 / Foto: Daniela Gaspari
Os trabalhadores da Jurid do Brasil, fabricante de peças e acessórios para veículos automotores, aprovaram nesta terça-feira, 23, o Programa de Participação nos Resultados (PPR) para 2023 com 11,46% de aumento em relação ao ano passado. O acordo foi negociado pelo vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), e pelos membros da Comissão de PPR eleita na fábrica.
Além do crescimento no valor do PPR 2023, que representa a correção da inflação mais ganho real de 6,8%, Verdinho conta que também foram negociadas metas atingíveis, garantindo assim grandes chances dos trabalhadores chegarem a 100% dos indicadores negociados e, até mesmo, superá-los.
“Percebemos que houve uma certa dificuldade referente à produtividade no PPR anterior e, neste ano, debatemos muito fortemente essa questão. E foi graças a participação e o empenho da Comissão de PPR, bastante atuante durante as discussões, que conseguimos um valor justo e também baixar essa e outras metas, tornando-as desafiadoras, porém atingíveis aos trabalhadores”, destacou.
O pagamento do PPR 2023 será dividido em duas parcelas. A primeira será paga aos trabalhadores em julho desde ano e a segunda, em fevereiro de 2024, após a aferição das metas. Por deliberação da diretoria do SMetal, os valores e a data exata de pagamento não são divulgados para não expor o trabalhador, nem atrapalhar negociações em andamento em outras empresas.
Campanha Salarial e participação feminina
Na assembleia, Verdinho tratou ainda de outras pautas de interesse dos trabalhadores, como a Campanha Salarial da categoria. Faltando quatro meses para a data-base dos Sindicatos de Metalúrgicos filiados à CUT no Estado de São Paulo – dia 1º de setembro – a perda da categoria com a inflação está acumulada em 3,67% (leia mais aqui).
Lindalva Linhares, membro do Comitê Sindical da Flex, também participou da assembleia e falou sobre a importância da participação da mulher em espaços de tomada de decisão. “Somente nós conhecemos as nossas dificuldades, como jornadas triplas e assédios que sofremos dia após dias. Mas também sabemos das nossas forças e, por isso, é tão importante que ocupemos todos os espaços de discussão e façamos valer a nossa voz”, enfatizou a dirigente, que recentemente foi eleita membro da direção plena da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT).
A Jurid do Brasil tem cerca de 90 trabalhadores e fica no Bairro Aparecidinha, em Sorocaba.
