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Metalúrgicos da FEM defendem renovação da frota de caminhões

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT promoveu nesta quinta um ato em São Paulo pela implantação do programa de renovação da frota de caminhões. O objetivo é gerar empregos na cadeia produtiva

Imprensa SMetal com informações da FEM/CUT
Adonis Guerra

Ato em defesa da renovação da frota reuniu cerca de 200 sindicalistas nesta quinta, dia 2, em frente ao prédio do Ministério da Fazenda em São Paulo

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) resgatou uma pauta da categoria dos anos 90 e quer a implantação de um programa de renovação da frota de caminhões no país. O objetivo da proposta é manter e gerar empregos na cadeia produtiva.

Na manhã desta quinta-feira, dia 2, a FEM participou de um ato público em frente ao prédio do Ministério da Fazenda, em São Paulo, para chamar atenção do governo e da sociedade para a proposta de renovação da frota.

A manifestação foi organizada pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical), com apoio da CUT/SP.

Durante o ato, os dirigentes sindicais lembraram que os metalúrgicos já entregaram ao governo federal, no início do ano, uma pauta reivindicando medidas de estímulo à produção de caminhões, que tem potencial para aquecer a economia, além de, por meio da renovação dos veículos, contribuir com a prevenção de acidentes de trânsito e a melhoria no meio ambiente.

O programa de renovação da frota proposto pelos metalúrgicos da CUT prevê a abertura de linhas crédito para quem quiser trocar um caminhão com mais de 30 anos de uso por um novo.

Empregos de qualidade

Segundo o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, a medida trará muitos benefícios. “O Estado de São Paulo é o que tem maior complicação de trânsito, ou seja, maior dificuldade mobilidade urbana, principalmente a região metropolitana. Um projeto desses que tira veículos velhos de circulação faz com que o trânsito flua de maneira mais rápida. Se deixa de ter caminhões quebrados nas marginais, nas vias de acesso e nas estradas que cortam o Estado. Além disso, melhora a qualidade do ar e traz empregos de qualidade, pois atrai novas tecnologias”, defende Luizão.

No país, os caminhões com mais de 30 anos de uso representam 7% da frota e consomem 10% a mais de diesel em comparação com os novos, segundo estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que formulou o primeiro projeto de renovação da frota de veículos, em 1998, e que apóia a proposta atual da FEM.

A proposta

A proposta de Renovação da Frota prevê a retirada de circulação os caminhões com mais de 30 anos de fabricação, mediante incentivos aos proprietários. Esses veículos somam mais de 200 mil caminhões no país; ou 20% do total da frota nacional.

Pelo projeto, os caminhões antigos seriam entregues a um posto de reciclagem. Os proprietários que aderirem ao programa receberão um certificado para as linhas de crédito específicas para aquisição de caminhões novos.

Dados do Ministério dos Transportes mostram que, dos veículos pesados que se envolvem em acidentes, um terço deles tem mais de nove anos de fabricação. “Além disso, de todos os acidentes registrados, 10% tem participação de caminhões com idade superior a esta [9 anos]”, afirma a FEM em nota à imprensa.

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