Com crescimento de pelo menos 14,29% no valor em relação ao acordo anterior, os trabalhadores da Clesse, fabricante de reguladores e acessórios para gás instalada em Sorocaba, aprovaram nesta quinta-feira, dia 9, a proposta de Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2022. Foi o primeiro Programa negociado pela diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) após a implantação da Comissão de PPR, que foi eleita na fábrica.
De acordo com o dirigente do SMetal, Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), a participação da Comissão de trabalhadores foi extremamente positiva. “Quando se tem funcionários que vivem o dia a dia da fábrica na negociação, conseguimos negociar melhorias que refletem a realidade da fábrica e acreditamos que irá trazer diversos avanços nas próximas discussões, até chegarmos no modelo de acordo que atenda às reivindicações dos trabalhadores”, enfatizou.
Segundo ele, o aumento de 14,29% no Programa em comparação a 2021 é o valor mínimo a ser recebido pelos trabalhadores. “O ano fiscal da empresa fecha em março e, após auditoria, a empresa deve informar se as metas foram superadas ou não. Caso sejam ultrapassadas, esse valor pode ter um crescimento no pagamento do PPR”, explicou.
E completou: “o formato atual do Programa, das metas e indicadores, ainda não é o que o Sindicato acredita ser o mais justo, bem como a forma de pagamento, que ocorre em parcela única. A Comissão já está formada para discutir o PPR de 2023 e, com certeza, buscaremos negociar a melhor proposta possível”.
Para o acordo de 2022, além do crescimento do valor, o Sindicato e a Comissão negociaram a antecipação do pagamento do Programa, que será efetuado em abril. Anteriormente, o pagamento era realizado no mês de junho, quase seis meses após o fechamento das metas.
Mudança de local
Em março deste ano, a empresa, que hoje funciona na planta da antiga Catu, no Alto da Boa Vista, mudará de endereço para o bairro Iporanga. Marcelo disse que está atento a eventuais demandas que possam surgir, como transporte, refeição e vale-alimentação.
“Estamos acompanhando de perto essa questão para que os trabalhadores não sejam prejudicados durante a transição. Reafirmamos aqui o nosso compromisso em buscar sempre melhorias no local de trabalho”, finalizou. A Clesse tem 90 trabalhadores.