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Campanha Salarial

Metalúrgicos aprovam oito acordos com proteção contra a reforma

Na assembleia, realizada sexta-feira, em Sorocaba, a categoria aprovou propostas de acordos que garantem salvaguarda contra a reforma trabalhista e a terceirização

Imprensa SMetal
Paulo Andrade/Imprensa SMetal
Propostas de acordos com os oito sindicatos patronais foram aprovadas pelos metalúrgicos de Sorocaba e região em assembleia na sexta-feira, dia 27, na sede do SMetal em Sorocaba

Propostas de acordos com os oito sindicatos patronais foram aprovadas pelos metalúrgicos de Sorocaba e região em assembleia na sexta-feira, dia 27, na sede do SMetal em Sorocaba

Os metalúrgicos de Sorocaba aprovaram, em assembleia na sede do SMetal na noite de sexta-feira, dia 27, propostas de acordos da campanha salarial nos grupos Fundição, Estamparia, G8-2, G8-3; e também com o sindicato patronal Sindratar. No total, oito segmentos de empresas do setor estão nesses grupos (confira quais são no final deste texto).

O acordo aprovado prevê reposição salarial de 1,73% referente à inflação (INPC) de setembro de 2016 a agosto de 2017; renovação das cláusulas já existentes na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e a inclusão de uma cláusula de salvaguarda contra a terceirização e a reforma trabalhista.

O reajuste de 1,73% é retroativo a 1º de setembro, que é a data-base dos metalúrgicos da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM).

A proposta for aprovada com uma ressalva: “o SMetal se reserva o direito de apoiar a luta dos trabalhadores por um reajuste salarial maior do que 1,73%, sempre que a organização no local de trabalho apresente condições de viabilizar essa conquista”, afirmou o presidente do Sindicato, Leandro Soares.

“Mais uma vez os metalúrgicos da CUT estão na vanguarda do movimento sindical. Somos os primeiros a conquistar a cláusula que protege a categoria contra os efeitos da terceirização e da reforma trabalhista”, comemora Adilson Faustino, Carpinha, dirigente do SMetal e secretário geral da FEM.

Acordo ou greve

Nas empresas que não são representadas pelos grupos ou sindicatos patronais com Convenções Coletivas aprovadas, o SMetal vai passar a negociar acordos por fábrica, que incluam o reajuste salarial, a renovação das cláusulas existentes e inclusão da cláusula de salvaguarda.

“O SMetal também pode, com respaldo da lei, liderar protestos e paralisações nas empresas que se recusarem a negociar seriamente a assinatura da Convenção Coletiva”, explica Leandro Soares.

O Grupo 3 (autopeças, forjarias e parafusos), por exemplo, não apresentou proposta de acordo e tenta retirar cláusulas já existentes na CCT. O Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo), que é do G8-1, adotou postura idêntica ao G3.

Já com o G10 a campanha salarial está emperrada porque a bancada patronal não aceita incluir a cláusula de salvaguarda da CCT.

Prioridade por grupo

Enquanto realiza negociações por fábrica, o SMetal também poderá analisar e aprovar eventuais propostas que sejam apresentadas à FEM pelos grupos que ainda estão emperrando as negociações.

A autorização para que o SMetal aceite propostas desses grupos, contanto que elas sejam iguais ou mais vantajosas do que os acordos já aprovados, também foi deliberada pela assembleia de sexta-feira, dia 27.

Convenções aprovadas

  • Fundições
  • Estamparia de metais
  • Grupo 8-2: Sicetel (Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos) e Siescomet (Sindicato da Indústria de Esquadrias e Construções Metálicas do Estado de São Paulo).
  • Grupo 8-3: Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários); Siamfesp (Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo e Sinafer (Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo).
  • Sindratar (Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo)
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