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Metalúrgicas da CUT querem assegurar cota de 30% no Congresso Nacional da categoria

As mulheres metalúrgicas da CUT querem assegurar a cota mínima de 30% de participação no 9º Congresso Nacional da categoria, que vai acontecer entre 14 e 17 de abril de 2015

Assessoria de Imprensa da CNM/CUT
Divulgação

Coletivo se reuniu em Natal e debateu plano de ação das mulheres metalúrgicas

As mulheres metalúrgicas da CUT querem assegurar a cota mínima de 30% de participação no 9º Congresso Nacional da categoria, que vai acontecer entre 14 e 17 de abril de 2015. Para isso, vão intensificar as ações junto a todos os sindicatos de base e as federações estaduais para garantir a presença de trabalhadoras nas delegações eleitas.

Uma comissão de mulheres sindicalistas vai acompanhar todo esse processo para, se necessário, auxiliar as entidades e as dirigentes de base a fazerem esse debate. Segundo a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Marli Melo, a comissão tem representantes de todos os estados onde há base metalúrgica da CUT e foi escolhida no encontro do Coletivo Nacional de Mulheres Metalúrgicas, encerrado na última quinta-feira (6), em Natal (RN).

Marli informou ainda que – depois desses processos locais de debate sobre as demandas das trabalhadoras – a pauta comum será definida na Conferência Nacional de Mulheres Metalúrgicas marcada para os dias 11 e 12 de abril. “Queremos assegurar, no 9º Congresso, novas resoluções sobre as lutas das mulheres metalúrgicas”, disse a secretária.

Coletivo

Esse plano de ação do Coletivo Nacional de Mulheres foi formatado e aprovado ao final do encontro realizado em Natal que, ao longo dos dois dias, reuniu mais de 30 sindicalistas e discutiu a atuação das dirigentes sindicais da categoria, a partir do relato das participantes e também de informações sobre o perfil da mulher metalúrgica brasileira, que foi apresentado por Cristiane Ganaka, da Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) da CNM/CUT.

A abertura do evento foi feita pelo presidente da Confederação, Paulo Cayres, e do presidente da Federação dos Metalúrgicos do Nordeste, Marcos Paulo (confira aqui).

O estudo do Dieese revelou que a redução da diferença salarial entre homens e mulheres ainda caminha num processo lento e que, a continuar nesse ritmo, apenas em 64 anos (ou em 2078), seria conquistada a igualdade na remuneração.

Atualmente, só no ramo industrial, a diferença é de 27% (há sete anos, era de 32%). O levantamento do Dieese considerou os setores metalúrgicos, químicos, têxtil/vestuário, construção civil e alimentação, os cinco que integram o Macrossetor da Indústria da CUT.

No que se refere apenas à categoria metalúrgica, as mulheres representam 19,2% do total de trabalhadores e a diferença salarial em relação aos homens é um pouco maior do que a do Macrossetor, de 28,38%. Mas no segmento de eletroeletrônicos, é onde há a maior disparidade na remuneração (37,13%), embora seja o que proporcionalmente emprega mais mulheres (elas são 36,36%).

“Temos muitos desafios a superar no mercado de trabalho, mas também nos espaços de participação sindical e política. Por isso, o trabalho do Coletivo Nacional é fundamental, para que possamos compartilhar experiências, apoiar as sindicalistas de todas as regiões e definirmos lutas comuns”, assinalou Marli Melo.

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