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Corrupção

Médico de Sorocaba é preso na Operação Hipócritas

Um médico foi preso em Sorocaba durante a terceira etapa da Operação Hipócrates por fraudes em processos trabalhistas. Operação investiga esquema na emissão de laudos periciais favoráveis a empresas

Jornal Cruzeiro do Sul
Fabio Rogerio/Arquivo JCS
egundo a Polícia Federal, o profissional de saúde participava de fraudes em processos trabalhistas

egundo a Polícia Federal, o profissional de saúde participava de fraudes em processos trabalhistas

A terceira etapa da operação Hipócritas foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (29) em uma ação conjunta do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva estão sendo cumpridos em Sorocaba, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas.

Esta etapa da investigação tem como principais alvos dois médicos do trabalho que alternavam as funções de perito e de assistente técnico em perícias trabalhistas. A participação no esquema de corrupção foi descoberta pela análise de provas colhidas nas fases anteriores da operação.

Segundo a Polícia Federal, um deles é acusado de ter pago propina a um perito judicial e o outro é suspeito de ter recebido propina, na função de perito judicial, de um assistente técnico de empresas. Em todos estes casos, o objetivo era garantir a emissão de laudos periciais favoráveis aos interesses de empresas em processos trabalhistas.

Um dos dois médicos teve a prisão preventiva decretada pela 9ª Vara Federal de Campinas. Apesar de também ser integrante do esquema de corrupção, ele atuava como perito judicial normalmente, inclusive sendo encarregado de substituir peritos afastados pela Justiça Federal por envolvimento nas fases anteriores da Operação.

A denúncia aponta que o médico, em vez de se afastar de suas atividades de perito judicial em virtude da investigação, estava, indiretamente, se beneficiando da operação, que “eliminou” alguns de seus “concorrentes” – profissionais de saúde que enganavam a Justiça. Os investigados responderão, de acordo com as suas participações, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, cujas penas máximas são de 12 anos de prisão e multa para cada caso em que for comprovado o pagamento/recebimento de propina.

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