Leandro Soares reassumiu a presidência do SMetal nesta segunda-feira, 3, depois de quatro meses licenciado para às eleições de 2022. Ele concorreu ao cargo de deputado estadual e terminou o pleito com 34.225 votos.
O resultado não garantiu uma cadeira na Assembleia Legislativa, mas o torna um importante nome político para Sorocaba e região. Em entrevista à Folha Metalúrgica, Leandro analisa a campanha eleitoral e fala dos próximos desafios.
Folha: Você foi candidato pela primeira vez. Como foi essa experiência?
Esse foi um grande desafio para o qual fui convocado pela categoria metalúrgica e pelo presidente Lula, com o compromisso de defender a classe trabalhadora e lutar por mais direitos, mais igualdade para nossa população. Foram meses de trabalho intensos, nos quais tive a oportunidade de conhecer bem a região e os anseios das pessoas por dias melhores. Toda essa caminhada me transformou profundamente e me deu ainda mais vontade de seguir essa jornada em defesa dos empregos, educação, saúde e igualdade. É uma jornada que não acaba com esse resultado, mas que está apenas começando.
Folha: Como você avalia o resultado da sua votação?
Evidente que entramos nessa batalha para vencer e defender os trabalhadores na Alesp, mas não deixo de comemorar o resultado. Afinal, mais de 34 mil pessoas confiaram nas nossas propostas e queriam nossa representação como deputado estadual. Somos vitoriosos. Me sinto vitorioso por poder ter conhecido tanta gente batalhadora e disposta a mudar os rumos do estado de São Paulo e do país. Saio fortalecido e com ainda mais disposição para continuar lutando pela classe trabalhadora e por uma sociedade mais justa para todos. Tenho certeza que esse é o sentimento de todos nós que estivemos envolvidos nessa campanha.
Folha: No total, Sorocaba e região terá 13 representantes, entre estaduais e federais. Como você analisa esse cenário?
Infelizmente, a maioria dos eleitos não são legítimos representantes da classe trabalhadora e, dos que foram reeleitos, quase todos têm histórico de votar contra os trabalhadores, pela retirada de direitos. Apenas Erika Hilton e Monica do Movimento Pretas são, de fato, do campo progressista. Sem mandato, teremos grandes desafios pela frente para defender o desenvolvimento regional, mas não fugimos à luta nunca. Vamos buscar todos os meios possíveis para garantir que nossas demandas sejam atendidas.
Folha: Ainda temos pela frente o segundo turno para presidente e governador. Qual mensagem você deixa para a categoria nesse momento?
Mais do nunca, precisamos estar unidos para derrotar esse governo que tanto prejudica a população brasileira. Não podemos ter mais quatro anos de Bolsonaro, o Brasil não aguenta mais um mandato de destruição e pouco caso com a vida de pais e mães de família, que não têm emprego, que não conseguem mais colocar um prato de comida na mesa. Nossa gente pode e merecer mais, merece ser feliz de novo. Acredito firmemente que vamos eleger um projeto que pensa nas pessoas, que gera emprego, renda, educação. Temos todas as condições para isso. É nosso compromisso no dia 30.
Folha: Quais são seus próximos passos e desafios?
Reassumo a presidência do SMetal, para qual fui eleito com mais de 90% dos votos. Temos ainda a Campanha Salarial de 2022 para finalizar e vamos buscar a valorização da categoria com a mesmo empenho e força de sempre. Continuaremos todos os dias lutando pelos direitos dos metalúrgicos e metalúrgicas, por mais emprego e por melhores condições de trabalho. Reafirmo meu compromisso dessa luta e volto com mais ânimo do que nunca. Tenham certeza que podem contar sempre com a minha disposição para a luta.