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Marginal não suporta primeiro temporal e complica vida dos sorocabanos

População - de carro ou de ônibus - padeceu com o fechamento da avenida Dom Aguirre

Imprensa SMetal
Paulo Rogério/Imprensa SMetal
Trânsito foi liberado às 18h30, mesmo com as duas pistas parcialmente alagadas sob a ponte Fransciso Dell'Osso

Trânsito foi liberado às 18h30, mesmo com as duas pistas parcialmente alagadas sob a ponte Fransciso Dell’Osso

A marginal Dom Aguirre, que recebeu investimentos de 5 milhões em obras contra enchentes no mês de julho deste ano, não suportou o primeiro temporal e foi interditada na tarde desta segunda-feira [13] por aproximadamente uma hora.

A interdição complicou a vida da população sorocabana.

O trânsito, na região central, ficou completamente congestionado e as pessoas que dependiam de ônibus enfrentaram filas e superlotação nos terminais.

O temporal, com ventos de até 90 quilômetros por hora, derrubou árvores, inundou ruas e casas e levou pânico a muita gente. Até o helicóptero da Polícia Militar foi usado no resgate de um motorista que ficou ilhado na marginal.

A defesa civil e os bombeiros não registraram mortes ou acidentes graves em decorrência das chuvas.

A CPFL [companhia de energia] calculou que ao menos 80 mil sorocabanos estavam sem energia elétrica no início da noite.

Pela metade
As obras de elevação da marginal Dom Aguirre tiveram eficiência, mas parcial. Na praça Lions, onde a enchente interditou aquela passagem por 8 dias em janeiro deste ano, os serviços suportaram bem a cheia desta segunda.

Mas sob a ponte Francisco Dell’Osso, onde a avenida também foi elevada em 40 centímetros, as águas invadiram a pista, o que provocou a interdição.

Perto da Ponte de Pinheiros a avenida também transbordou. Neste trecho a marginal não recebeu melhorias.

Chuva desmente
Quando a chuva começou a cair em Sorocaba, vereadores e representantes da prefeitura, defesa civil e Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) participavam de uma audiência pública sobre enchentes na Câmara Municipal.

A audiência, a 3ª do gênero este ano, foi convocada pelo vereador Izídio de Brito (PT), justamente para discutir um plano de trabalho eficiente que acabe com as enchentes, “que causam prejuízos e castigam milhares de sorocabanos todo verão, especialmente na periferia”, afirma o vereador.

Os representantes do Paço falavam da eficiência das obras antienchentes, quando foram avisados do estrago que o temporal começava a causar. O transbordamento do rio foi o responsável por desmentir o coordenador da defesa civil de Sorocaba, Roberto Montgomery, e o diretor do Saae, Geraldo Caiuby, que falavam de eficiência das obras.

“Infelizmente as obras da prefeitura contra enchentes não passaram no primeiro teste”, critica o vereador Izídio. “Por isso cobramos um plano de trabalho para se evitar as inundações; não podem ser obras paliativas ou propostas meramente de socorro aos atingidos. É preciso planejar o fim dos alagamentos em Sorocaba”, completa o parlamentar.

Usuários do transporte coletivo enfrentaram filas e muita demora para embarcar

Elevação da pista sob a ponte Francisco Dell’Osso não teve eficiência

Após uma hora de chuva, faltavam cerca de 40 cm para águas do rio Sorocaba antigerem a base da ponte Pinheiros

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