A gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é alvo de manifestações nas ruas há meses. Neste sábado, dia 24 de junho, as centrais sindicais, partidos e outros grupos políticos chamam sua militância para mais um ato “Fora Bolsonaro” que ocorre em várias cidades das capitais brasileiras. Em Sorocaba, a concentração acontece na praça Coronel Fernando Prestes, no centro, a partir das 10h.
Em nota, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) reforça as pautas do protesto: contra o desemprego e a fome; pelo auxílio emergencial de R$600,00 e por vacina para todos e todas. A Central também enfatiza sobre a importância de falar sobre os perigos da reforma administrativa e das privatizações – recentemente ensaiadas pela cúpula do governo bolsonarista.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) participará do ato e entende que o momento demanda enfrentamento. “Para nós, quando as pessoas estão nas ruas pedindo o impeachment do presidente, mesmo com um vírus circulando, isso significa que este governo é mais letal que a pandemia”, comenta Leandro Soares, presidente da entidade.
Desde o início da circulação do coronavírus, Jair Bolsonaro minimizou os impactos da crise sanitária e, recentemente, veio a público que o Ministério da Saúde também ignorou ofertas de vacinas seguras. “A irresponsabilidade do governo deixou a população à mercê de um processo lento que pode ter levado milhares de vidas. Com a vacina, quantas pessoas ainda podiam estar vivas?”, comenta o secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito.
“O momento é muito grave, não podemos nos esquecer, nem por um minuto, que o Brasil ultrapassou meio milhão de mortes por Covid-19, que isso é um genocídio e que esse genocídio premeditado tem um responsável, que é Bolsonaro e seu governo”, afirmou o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, em vídeo convocando ao ato.
Outro ponto que estimulou a adesão do SMetal ao ato são os preços da vida para a classe trabalhadora. Todos os dias, manchetes apontam o aumento do custo de alimentos básicos, combustíveis e, também, no gás de cozinha. “Na última semana, o Brasil se chocou com a notícia de famílias em filas esperando ossos para poder comer. Isso não pode continuar assim e a resposta tem que ser nas ruas”, reforça Leandro.
As lideranças são enfáticas em pedir que os interessados em participar do movimento levem álcool em gel e utilizem máscaras durante todo o percurso – de preferência do modelo PFF2. Cartazes, bandeiras e camisetas são bem-vindos e o espaço é democrático. Aqueles que ainda não estiverem vacinados, ou não sentirem segurança para sair às ruas, também poderão manifestar através das redes sociais como Twitter e Instagram.