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Não ao Golpe

Mais uma vez a Fiesp se posiciona contra a democracia

A diretoria do SMetal repudia o apoio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), anunciado nesta segunda-feira, dia 14, ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT)

Imprensa SMetal
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Os sindicatos e movimentos sociais vão novamente às ruas nesta quarta-feira, dia 16, contra o atual ajuste fiscal e o golpismo

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) repudia o apoio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), anunciado nesta segunda-feira, dia 14, ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Presidida pelo empresário Paulo Skaff (PMDB), derrotado na disputa eleitoral à presidência da República, a Fiesp, entidade representante do empresariado nacional, carrega o olhar dos grandes grupos econômicos e com isso, fazem vistas grossas às necessidades do país como nação para todos.

Enquanto a classe trabalhadora luta por direitos e pela consolidação do sistema democrático grande parte do empresariado e de entidades como a Fiesp estão na contramão e só fazem aumentar o abismo social do país.

Para ela, só os lucros importam. Por isso, um dos projetos que recebeu seu total apoio foi o da terceirização, que precariza ainda mais as relações trabalhistas.

Impeachment sem crime é golpe! Historicamente, a Fiesp se posiciona contra a democracia. Ela apoiou o golpe de Estado em 1964, que acarretou em 21 anos de ditadura civil-militar. A Comissão da Verdade de São Paulo investigou a relação do Consulado dos Estados Unidos e da Fiesp com os órgãos de repressão da ditadura. Os documentos que comprovam essa relação estão no Arquivo Público do Estado de São Paulo.

Em depoimento à Comissão da Verdade o coronel reformado Erimá Pinheiro Moreira denunciou que a Fiesp teria subornado o então comandante do 2 Exército, Amaury Kruel, para que traísse o presidente João Goulart (Jango) e apoiasse o golpe.

É essa tradição antidemocrática que repudiamos e que não podemos mais aceitar em nossa sociedade. A classe trabalhadora não pode mais se submeter a governos autoritários nem a lideranças que governam apenas pelos seus próprios interesses.

Por isso, reivindicamos e lutamos por um país justo, com o fortalecimento da democracia. Vamos para as ruas expor nossas bandeiras nesta quarta-feira, 16, contra o atual ajuste fiscal, que prejudica os trabalhadores, e também contra o golpismo e políticos como Eduardo Cunha (PMDB), financiado pelo setor patronal, com crimes já comprovados.

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