Para a maior parte das pessoas, o final de ano representa uma oportunidade para fazer um balanço pessoal dos últimos doze meses. É um intervalo precioso na rotina para uma necessária reflexão. Nessa retrospectiva pessoal, é comum avaliarmos nossa conduta individual, o andamento das nossas relações familiares, os eventuais percalços no trabalho, nos estudos, na vida social, etc.
Descontados os problemas, ainda sobra ânimo para fazer planos para o ano seguinte e, principalmente, sobram motivos e energia para realizar confraternizações ou participar delas. O que é ótimo!
Enfim, boa parte da população encontra razão para, felizmente, cultivar um motivador fundamental para continuar lutando: a esperança!
Muitos cidadãos e cidadãs, inclusive, além dos balanços pessoais, conseguem fazer uma retrospectiva do que aconteceu na sociedade na qual estão inseridos, seja no âmbito da cidade, do estado, do país e até do planeta.
Esse balanço amplo costuma colaborar para que a pessoa valorize mais a fraternidade, a mobilização coletiva e a importância de levar a sério a democracia, escolhendo bem quem de fato representa a camada social da qual fazemos parte.
Porém, infelizmente, um número crescente de brasileiros está impedido de fazer a reflexão costumeira de final de ano e, mais ainda, de se alegrar em confraternizações natalinas. E esse impedimento é resultado de uma dor cruel: a dor da fome.
A fome e a miséria são inibidoras da esperança e opressoras da sensação de conforto até no ambiente familiar. Ver a miséria atingir não somente a si mesmo, mas a entes queridos, especialmente os filhos, é um sofrimento que qualquer ser humano pode presumir como indescritível.
O Brasil hoje tem mais de 13 milhões de desempregados e quase 10 milhões de subempregados. Mais de 45,5 milhões de brasileiros encontram-se abaixo da linha da pobreza. Desse total, 17,3 milhões são crianças de 0 a 14 anos. Os dados são o IBGE, Banco Mundial e Fundação Abrinq.
Sorocaba não está imune a essa triste realidade. Situações de penúria são visíveis nas ruas da nossa cidade.
Tornar o Natal dessas pessoas mais digno, com mais possibilidades de esperança, é a missão do Natal Sem Fome de Sorocaba 2017.
A campanha, realizada pelo SMetal e pelo Banco de Alimentos de Sorocaba, tem como tema “Mais fraternidade, menos miséria”.
A iniciativa se oferece para ser um ponto de convergência que supere, ainda que pontualmente, quaisquer diferenças filosóficas, políticas e de crenças, para ajudar nossos semelhantes que passam por dificuldades.
Vem daí a participação na campanha de parceiros diversos, inclusive do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), que na maior parte do ano é nossa adversária nos conflitos trabalhistas.
Durante 19 finais de ano (de 1994 a 2012), os metalúrgicos de Sorocaba, representados pelo SMetal, deram exemplo de solidariedade ao fazer do Natal Sem Fome uma das campanhas assistenciais mais comoventes e bem sucedidas das últimas décadas.
Temos certeza que, neste final de 2017, a categoria metalúrgica novamente não irá decepcionar a sociedade em geral e, muito menos, as famílias carentes da cidade. Colabore!