Presidente da FEM, Biro-Biro salientou que a tensão nas negociações e o ambiente econômico difícil não esmoreceram a categoria, que saiu vitoriosa
A Campanha Salarial dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo pode se encerrar nos próximos dias. Na semana passada, dia 13, a FEM-CUT/SP assinou a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a bancada patronal do Grupo 2 (máquinas e eletrônicos), na sede da Associação Brasileira da Indústria Abinee.
Os 13 sindicatos metalúrgicos filiados à FEM/CUT, incluindo Sorocaba, acataram a orientação da Federação e aceitaram o reajuste salarial de 8% (5,39% de reposição da inflação calculada pelo INPC da data-base da categoria, 1º de setembro, e mais 2,5% de aumento real) que será pago em duas vezes: 7% retroativo à data-base da categoria, 1º de setembro, e mais 1% em março do ano que vem. Esta CCT beneficiará aproximadamente 11.325 mil metalúrgicos, ou seja, 15% da base do G2 no Estado, formada por micro e pequenas empresas.
Os 85% (64.175 que trabalham em empresas pequenas a grandes) já receberam o reajuste salarial de 8% por meio de acordo por empresa. Os dados são da Subseção do Dieese da FEM-CUT/SP.
Segundo a CCT, os pisos salariais nas empresas do G2 terão reajuste de 8,5% e ficarão em: R$ 997,80 (empresas até 50 trabalhadores), R$ 1.058,47 (de 51 a 500) e R$ 1.166,33 (acima de 500).
O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques, (Biro Biro) salientou que a tensão nas negociações e o ambiente econômico difícil não esmoreceram a categoria, que saiu vitoriosa. “Mais de 85% da nossa base conquistou 2,5% de aumento real no salário e isso foi alcançado graças ao nosso poder de mobilização e organização”, disse Biro.
Demais setores
No último levantamento preliminar da FEM-CUT/SP, mais de 1.900 empresas de todos os setores da base da Federação no Estado já atenderam a reivindicação de aumento salarial de 8%.
Agora com a Convenção Coletiva de Trabalho do Grupo 2 foram beneficiados cerca de 181 mil metalúrgicos de todos os grupos patronais, ou seja, 90% de um total de 201 mil que estão em Campanha na base da FEM.
Ainda estão sem acordo cerca de 20 mil metalúrgicos. Com relação às bancadas dos Grupos 3, 8, 10 e Estamparia, a Federação continua as negociações, esperando chegar a um consenso.
