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Desigualdade

Mais de 50 mil pessoas não têm acesso à alimentação adequada em Sorocaba

Confira o mapa da atuação do Banco de Alimentos de Sorocaba (BAS) em Sorocaba, que alcança mais de 8.500 pessoas em situação de vulnerabilidade

Imprensa SMetal
Renata Rocha

O propósito da Campanha é aproveitar o período de natal para o exercício da solidariedade.

Mesmo não havendo dados oficiais de quantas pessoas passam fome em Sorocaba, informações da Vigilância Socioassistencial mostram que 36.256 pessoas vivem na extrema pobreza na cidade, com até R$89,00 per capita. Enquanto outras 15.728 pessoas vivem na pobreza, com o valor de R$89,00 a R$178,00 per capita por mês. Estes números demonstram que cerca de 50 mil pessoas, possivelmente, não têm acesso à alimentação adequada.

A Campanha Natal Sem Fome, promovida pelo SMetal, nasceu exatamente para denunciar a fome na cidade. O propósito da Campanha é aproveitar o período de natal para o exercício da solidariedade, arrecadando alimentos não perecíveis e entregando para famílias em situação de vulnerabilidade social da região cadastradas no BAS, durante a temporada de Natal.

“Realizamos a campanha Natal Sem Fome em Sorocaba desde 1994, mas sabemos que a fome é o ano todo. Por isso, em 2005, fundamos o Banco de Alimentos para realizarmos essa ação de forma permanente, e é isso que o BAS faz”, conta Tiago Almeida do Nascimento, secretário de administração e finanças do SMetal e presidente do BAS.

Um ato de solidariedade

O dirigente também convida a categoria metalúrgica a se sensibilizar e ajudar a fazer o Natal dessas famílias mais felizes. “Solidariedade não é repartir o que temos sobrando, mas compartilhar com nosso irmão de classe um pouco do que cada um pode dar”.

Em média, cerca de 8.500 pessoas são atendidas o ano todo pelo BAS, entre crianças, pessoas com deficiência e mulheres em situação de vulnerabilidade da região de Sorocaba, segundo os dados cadastrais da entidade, após recente atualização. “Isso reforça que há grande demanda por políticas públicas voltadas para a promoção da segurança alimentar e nutricional, reconhecido como um Direito Humano”, ressalta o Leandro Soares, presidente do SMetal.

Segundo ele, a partir dos dados cadastrais do BAS, é possível constituir uma parte do mapa da fome da região de Sorocaba. “Não queremos estigmatizar essas regiões, mas denunciar e questionar os motivos de certos territórios da cidade que são menos alcançados pelas políticas públicas”, destaca Leandro Soares, presidente do SMetal.

CRÉDITOS: Imprensa SMetal

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