No dia 20, na Praça da Sé, a CUT e outras centrais realizam assembleia nacional de luta em defesa da Previdência Pública e Contra o Fim da Aposentadoria
A Reforma da Previdência não impõe dificuldades apenas para se obter uma aposentadoria digna, mas também pode retirar benefícios do INSS para quem recebe auxílio acidente ou para quem precisa de licença-maternidade.
A convite dos dirigentes do SMetal, o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, que é formado em economia e já foi presidente do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócios Econômicos) esteve no sindicato para abordar o tema, no sábado, dia 9.
Cayres destacou para toda a diretoria o quanto é mentirosa a propaganda de que a Previdência é deficitária, pois o orçamento da Previdência não é financiado apenas pelas contribuições, mas também por impostos e até os rendimentos das loterias.
O secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, esteve no Sindicato de Sorocaba para abordar o tema no último sábado, dia 9
Um dos pontos citados por Cayres que pode estar incluso na reforma, é sobre a ameaça do fim da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), um benefício de prestação continuada para idosos sem renda. “Nos EUA, é comum ter pessoas idosas pedindo dinheiro nas ruas porque lá não tem o conceito de cuidar da velhice. Querem acabar com esse conceito aqui também”.
“É preciso focar nos lucros arbitrários dos bancos e nas grandes empresas sonegadoras. A dívida ativa chega a R$ 1 trilhão. Mas ao invés de cobrar delas, o governo quer retirar mais direitos dos trabalhadores”, ressalta.
Mobilização
No próximo dia 20, a partir das 10h, na Praça da Sé, no centro de São Paulo, a CUT e outras centrais sindicais realizam uma assembleia nacional para se criar mobilizações em todo o país “de luta em defesa da Previdência Pública e Contra o Fim da Aposentadoria”.
De acordo com o presidente do SMetal, Leandro Soares, um ônibus deve sair de Sorocaba para a manifestação na capital. “O SMetal intensificará também as assembleias nas portas de fábricas para dialogar com a categoria sobre uma Previdência justa e digna, porque essa proposta do ministro da economia Paulo Guedes não contempla a classe trabalhadora”.
