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Lula segue na liderança dos cenários eleitorais, segundo pesquisa

Segundo levantamento realizado pelo Datafolha, nos cenários em que o nome do ex-presidente é apresentado como candidato, Lula aparece liderando as pesquisas com 34% a 37% das intenções de voto

Brasil de Fato
Ricardo Stuckert
Povo com Lula em ato pela democracia na Praça da República, em São Paulo

Povo com Lula em ato pela democracia na Praça da República, em São Paulo

Os trâmites jurídicos com relação ao caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que teve recurso julgado no dia 24 de janeiro, em Porto Alegre, pelo Tribunal Regional (TRF4) -, ainda não foram esgotados, mas um cenário em que ele seja impedido de concorrer às eleições já é desenhado pela grande mídia e forças políticas.

Segundo levantamento realizado nesta segunda-feira (29) e terça (30), pelo Datafolha, nos cenários em que o nome do ex-presidente é apresentado como candidato, Lula aparece liderando as pesquisas com 34% a 37% das intenções de voto. E no segundo turno venceria também todos os nomes apontados.

Caso Lula seja barrado pela Lei da Ficha Limpa, quatro candidatos disputariam uma vaga no segundo turno contra Jair Bolsonaro. A pesquisa, a primeira realizada após o julgamento pelo TRF4, aponta Bolsonaro com 18% das intenções de voto, à frente de Marina Silva (Rede) com 13%, Ciro Gomes (PDT) com 10%, Geraldo Alckmin (PSDB) e Luciano Huck (sem partido), ambos com 8%.

Em comparação com o último levantamento feito em novembro de 2017, Bolsonaro estacionou. Tanto que seria derrotado em dois possíveis segundo turnos pelo ex-presidente Lula e pela senadora Marina Silva.

O Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Substituto

A forte campanha midiática e o golpe jurídico contra Lula parece não ter abalado a preferência do eleitorado pelo petista, porém, pode ser que sua indicação a um segundo nome possa ter sido comprometida, segundo o levantamento. Um dos nomes cogitados pelo PT é o do ex-governador da Bahia Jaques Wagner, que aparece com 2%.

O percentual de eleitores que votaria nulo ou branco sobe de 16% para 28%, com a ausência do ex-presidente. O nome de Fernando Haddad também pode ser um nome do PT, mas não aparece nas pesquisas.

A pesquisa levantou também a migração dos eleitores de Lula. Marina Silva ficaria com 15% do eleitorado petista, e Ciro com 14%.

E dentro do PSDB as disputas se acirram. O fato de Alckmin não se firmar nos cenários apresentados, ficando entre 6% e 11% dos votos, provocou discussões internas no partido, levantando nomes como Luciano Huck, que aparece empatado numericamente com o governador paulista, e o prefeito paulistano João Doria, que apareceu com 5%.

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