Mesmo com a corrupção envolvendo o presidente do PSDB e senador, Aécio Neves, em entrevista ao jornal da Rádio Ipanema, na manhã desta quinta-feira, dia 18, o deputado Vitor Lippi (PSDB) tenta limpar a imagem do partido, apesar de todas as provas, incluindo filmagem. “É um problema do comportamento dele, que respinga no Partido”, arrisca-se Lippi.
Apesar de não ter noticiado nos grandes jornais, o presidente do PSDB, Aécio Neves, é o mais citado na Lava-Jato, depois de Eduardo Cunha (PSDB). Foi indiciado pelo menos cinco vezes.
O deputado federal Vitor Lippi (PSDB) sempre apoiou Eduardo Cunha (como mostra foto abaixo de reunião divulgada pelo próprio deputado) e pediu votos para Aécio Neves, que teve prisão decretada hoje.
Lippi (PSDB) não soube avaliar se é melhor o impeachment de Temer (PMDB) ou a renúncia desse governo, mas afirma que “dificilmente esse governo tem condições de continuar”.
O deputado Vitor Lippi, inclusive, tem exercido o papel de defensor ferrenho das propostas de retiradas de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, apresentadas pelo governo ilegítimo de Temer e sua base aliada.
O que aconteceu
O jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo publicou na noite de ontem, dia 17, a delação do proprietário da JBS com provas, incluindo filmagens e gravações, que envolve a corrupção de Michel Temer (PMDB) e do senador Aécio Neves (PSDB).
Segundo a denúncia, Temer tentou calar Eduardo Cunha (PMDB) para que não fizesse delações e o tucano Aécio pediu R$ 2 milhões para poder pagar sua defesa na Operação Lava-Jato. A irmã do senador, Andrea Neves, foi presa na manhã desta quinta, 18, em Belo Horizonte, por ter pedido dinheiro ao executivo da JBS para o irmão.
Já o presidente do PSDB foi afastado do cargo de senador pelo ministro Edson Fachin e aguarda decisão do STF sobre o pedido de prisão.
Manifestações contra as reformas
Com o noticiário ontem, 17, do Jornal Nacional, que causou estranhamento na população por se tratar da Rede Globo, que não costuma divulgar a corrupção tucana (visto o próprio Aécio ter sido um dos mais citados na Lava-Jato e não aparecer nos telejornais), o povo saiu às ruas pelas Diretas Já.
A avenida Paulista, em São Paulo, recebeu centenas de pessoas que repudiam as reformas trabalhista e da previdência, comandadas pelo então governo ilegítimo.
Na contramão, o deputado Lippi (PSDB) declarou estar preocupado, na rádio nesta manhã, justamente com as reformas. “Porque grande parte dessas reformas ainda não passaram no Senado, o Brasil foi pego no meio”.
O ex-prefeito de Sorocaba deixou claro estar triste e preocupado que essas reformas – que acabam com os direitos do trabalhador – não sejam efetivadas.