A Justiça Federal de São Paulo determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de 11 pessoas investigadas em um suposto esquema de propinas da Alstom para funcionários públicos em São Paulo. A empresa francesa é suspeita de pagar para obter benefícios em contratos no caso conhecido como Propinoduto tucano, denunciado em reportagem da revista Isto É! em julho deste ano.
A decisão da Justiça é de 27 de agosto e foi endereçada tanto à Receita Federal quanto ao Banco Central. A quebra do sigilo autorizada pela Justiça abrange o período entre 1997 a 2000. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (30) pelo site do jornal “O Estado de S. Paulo”.
A Justiça determinou a quebra de sigilo de Andréa Matarazzo (atual vereador do PSDB e ex-secretário de energia), Eduardo José Bernini, Henrique Fingerman, Jean Marie Marcel Jackie Lannelongue, Jean Pierre Charles Antoine Coulardon, Jonio Kahan Foigel, José Geraldo Villas Boas, Romeu Pinto Júnior, Sabino Indelicato, Thierry Charles Lopez de Arias e Jorge Fagali Neto, (ex-presidente do Metrô).
As denúncias, acolhidas pelo Ministério Publico Federal (MPF), dizem respeito a negociações suspeitas ocorridas entre a empresa e o governo paulista, sobretudo a partir de 1998, quando o estado era governado por Mário Covas, do PSDB. Até agora, onze pessoas investigadas, inclusive secretários estaduais da época, já foram indiciados com base nos primeiros resultados das investigações.
De acordo com a decisão judicial, foi determinada a quebra fiscal também das empresas vinculadas aos investigados. O juiz ainda solicitou que seja informado se os suspeitos mantêm contas no exterior.
Com informações da revista Isto É! e G1.