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Jovens adiam busca pelo emprego e aliviam pressão sobre mercado de trabalho, aponta IBGE

Os jovens brasileiros estão esperando mais para procurar um emprego, indicam os dados da Pesquisa Mensal de Emprego feita pelo IBGE

Blog do Planalto
Divulgação
A mudança impactou positivamente a taxa de desocupação de setembro de 2014, que atingiu 4,9%, menor patamar registrado neste mês desde 2002

A mudança impactou positivamente a taxa de desocupação de setembro de 2014, que atingiu 4,9%, menor patamar registrado neste mês desde 2002

Os jovens brasileiros estão esperando mais para procurar um emprego, indicam os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada na quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As razões dessa mudança não são captadas pelo levantamento, mas há indícios de que aumento da renda dos domicílios ou busca pela formação escolar e pela capacitação profissional estejam na raiz da nova tendência.

A mudança impactou positivamente a taxa de desocupação de setembro de 2014, que atingiu 4,9%, menor patamar registrado neste mês desde 2002, quando começou a série histórica da pesquisa, superando inclusive as taxas de períodos de forte crescimento da economia do País, como 2003 e 2005.

Segundo a técnica do IBGE, Adriana Araújo Beringuy, responsável pela PME, os jovens, ao lado dos idosos e das mulheres, estão engrossando a fatia do mercado de trabalho chamada de população inativa, aquela que não está empregada e nem buscando emprego.

“O aumento dessa População não Economicamente Ativa (PNEA) diminui a pressão sobre a busca do emprego, gerando um impacto positivo sobre a taxa de desocupação”, explica ela. Fazendo comparação entre setores, a População em Idade Ativa (PIA) cresceu 1,1% em 2014. Essa faixa compreende as pessoas com 15 anos ou mais, aptas a exercer atividade econômica, estejam trabalhando ou não. Já a População Economicamente Ativa (PEA) caiu 1%, enquanto a PNEA cresceu 3,7% no período analisado pela presente pesquisa.

Adriana acrescenta que esse o movimento atípico no mercado de trabalho foi registrado nos últimos dois anos e se intensificou neste ano. “Quando se observa o gráfico com a evolução da taxa de desocupação no total das seis regiões metropolitanas abrangidas pelo levantamento, se nota um descolamento muito grande dos dados de 2014 em relação aos anos anteriores”, diz ela.

A pesquisadora destaca ainda que houve um aumento da renda das mulheres e o retorno ao mercado de trabalho de um volume expressivo de pessoas acima dos 50 anos, elevando a renda do domicílio, proporcionando aos jovens um ambiente propício à qualificação profissional e ao adiamento da busca pelo emprego.

Como a PME é focada apenas no emprego, ela não capta essa variação na renda do domicílio. Mesmo assim, a pesquisa revelou que o rendimento dos trabalhadores vem crescendo cerca de 1,5% ao ano, em termos reais.

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