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Em 12 meses

INPC: Preço de alimentos básicos da mesa do trabalhador tiveram maior alta

Na inflação acumulada dos últimos 12 meses, produtos como óleo, arroz e feijão apresentaram aumentos expressivos; INPC serve de parâmetro para os dirigentes do SMetal utilizarem em negociações como data-base e vale cesta

Imprensa SMetal
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Os produtos alimentícios básicos compõem predominantemente a lista de maiores aumentos na inflação dos últimos 12 meses

Os produtos alimentícios básicos compõem predominantemente a lista de maiores aumentos na inflação dos últimos 12 meses

O INPC (Índice Nacional Preço ao Consumidor) dos últimos 12 meses comprova o que o trabalhador e a trabalhadora têm sentido no bolso: aumentos expressivos nos preços de produtos que fazem parte da alimentação diária da população brasileira, como óleo de soja, arroz, feijão, batata, cebola, tomate, entre outros.

Somente no mês de janeiro, segundo divulgado pelo IBGE nesta terça-feira, dia 9, os produtos alimentícios tiveram alta de 1,01%, enquanto os não alimentícios apresentaram alta de 0,03%. No total, a inflação no mês de janeiro fechou em 0,27%; nos últimos 12 meses, o INPC acumula alta de 5,53%.

“Desses 12 meses, os últimos dez foram em meio às incertezas e de crise causadas pela pandemia da Covid-19. E o que observamos é que os produtos alimentícios básicos compõem predominantemente a lista de maiores aumentos, o que afeta justamente os trabalhadores com menor remuneração e também a categoria metalúrgica”, explica o economista do Dieese dos Metalúrgicos de Sorocaba, Fernando Lima.

Os principais alimentos que tiveram aumento nos últimos 12 meses foram: óleo de soja (+96,70); arroz (+73,78%); feijão fradinho (+71,88%); batata inglesa (+65,63%); feijão preto (+54,63%) e cebola (46,91%). Nos produtos não alimentícios, colchão (+37,75%) e tijolo (+32,23) foram os que apresentaram maior crescimento no acumulado.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, o desgoverno de Bolsonaro (sem partido) tem culpa nesse cenário. “A falta de uma coordenação econômica no país que zele pelo trabalhador e de uma política pública que promova a agricultura familiar por parte do governo federal, contribuem e muito para esse quadro de altas abusivas nos preços dos alimentos”.

O que a inflação impacta no bolso do metalúrgico

Leandro enfatiza que esse tipo de informação é de extrema relevância para a categoria pois é utilizada como parâmetro em algumas negociações durante o ano, como melhorias no valor do vale cesta e reajuste salarial.

“Para 2021, estamos esperando uma inflação maior do que nas últimas datas-bases, porém, diferente do que muitos trabalhadores acreditam, o reajuste conquistado nas Campanhas Salariais da categoria não é obrigatório, por isso nem a inflação está garantida. Desde já todos devem estar conscientes que será necessária muita luta para buscar um índice de reajuste digno neste ano”, explica.

Se levarmos em conta apenas os cinco meses de perdas salariais da categoria, de setembro de 2020 (última data-base) a janeiro de 2021, a inflação está acumulada em 4,52%. Nos anos anteriores, neste mesmo período, o INPC acumulado era de: 1,95% em 2020; 0,95% em 2019; 1,02% em 2018 e 0,88% em 2017.

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alimentício campanha fernando inflação inpc leandro produto salarial Sorocaba vale-cesta
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