Alimentos foram os produtos que mais pesaram no bolso do povo brasileiro
O Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) terminou 2022 com alta acumulada de 5,93%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 10.
O aumento nos preços dos alimentos foi o que mais pesou no bolso da população brasileira. Os produtos alimentícios tiveram alta de 11,91% no ano passado. Já os produtos não alimentícios subiram 4,08%. Veja a tabela completa com os resultados por grupos de produtos e serviços:
São Paulo foi a região metropolitana que registrou o maior índice, com acumulado de 7,22% no ano passado, puxada principalmente por altas do emplacamento e licenciamento (23,66%) e do aluguel residencial (10,48%). Veja a tabela completa:
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, destaca que o resultado do índice inflacionário é resultado da péssima gestão do governo Bolsonaro.
“Bolsonaro tentou enganar o povo com manobras que reduziram o preço dos combustíveis e, por um curto período, baixaram a inflação. Mas no fim, tudo ficou mais caro e o pesou no bolso dos trabalhadores, especialmente na hora de colocar comida dentro de casa. Os alimentos foram os produtos que mais tiveram aumento e, não por acaso, vimos a fome voltar à realidade das pessoas”.
Ele lembra ainda que, apesar desse cenário difícil, o Sindicato lutou para garantir a valorização salarial dos metalúrgicos de Sorocaba e região. “Nossa Campanha Salarial se baseia no INPC e fechamos em setembro com alta. Lutamos incansavelmente e conseguimos chegar a um aumento salarial de pelo menos 9%, acima da inflação do período, para mais de 95% da categoria. Isso é muito importante para minimizar a alta dos preços para os trabalhadores e o compromisso da diretoria do SMetal sempre”.
INPC sobe 0,69% em dezembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve alta de 0,69% em dezembro, 0,31 p.p. acima do resultado observado em novembro (0,38%). Os produtos alimentícios passaram de 0,55% de variação em novembro para 0,74% em dezembro. A variação dos não alimentícios também foi maior: 0,67% em dezembro frente à alta de 0,32% no mês anterior.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de novembro a 27 de dezembro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de outubro a 29 de novembro de 2022 (base).
