O governo federal tem comemorado a queda na taxa de desemprego apurada no segundo trimestre deste ano, que caiu de 13,7% para 13%. Mas apenas 28% das vagas criadas no período foram com carteira de trabalho assinada.
O maior volume de vagas abertas no segundo trimestre, 43%, foi no mercado informal. Outros 28% de desempregados se tornaram trabalhadores por conta própria (autônomos) e 1% se tornaram empregadores no período.
O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, dia 14, foi realizado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE.
De acordo com o IPEA, no total 1,3 milhão de trabalhadores foram incorporados à população ocupada no 2º trimestre.
Jovens
O estudo também aponta que os mais jovens têm tido maior dificuldade para ingressar ou reingressar no mercado de trabalho. Apenas 25% dos desempregados com idade entre 18 e 24 anos computados no levantamento conseguiram uma vaga no mercado de trabalho. Bem abaixo da média geral da população pesquisada, que foi de 31,7%.
Outro dado que revela um mau momento para os jovens no mercado de trabalho é que a demissão de jovens no segundo trimestre chegou a 7,2%, enquanto a taxa geral de dispensa – abrangendo todas as faixas etárias – foi de 3,4%.
Escolaridade
Além dos jovens, trabalhadores com menor escolaridade estiveram em desvantagem no segundo trimestre, de acordo com o IPEA. As demissões atingiram 5,4% das pessoas com ensino médio incompleto, contra 1,9% dos empregados com ensino superior.
Entre os desempregados com ensino superior, 33% conseguiram recolocação no entre abril e junho, que foi o período coberto pelo estudo.