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Informalidade cresce 20% em um ano e desemprego atinge 12 milhões

Pnad Contínua aponta que a taxa de desemprego ficou em 11,2%, considerando o trimestre encerrado em janeiro de 2021; dados relevam que mais de 38 milhões de pessoas trabalham na informalidade

Com informações da Rede Brasil Atual
Agência Brasil/Arquivo
Rendimento médio caiu 1,1% no trimestre e 9,7% em um ano

Rendimento médio caiu 1,1% no trimestre e 9,7% em um ano

A pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira, 18, revela que a taxa de desemprego no Brasil foi de 11,2%, considerando o trimestre finalizado em janeiro de 2021. No total, são 12,048 milhões de pessoas sem emprego no país.

O resultado representa uma queda em relação a outubro (12,1%) e também do que há um ano (14,5%). No entanto, a Pnad Contínua aponta que houve crescimento das ocupações informações e uma expressiva queda da renda dos trabalhadores.

Estima-se que o número de trabalhadores sem carteira assinada seja de 12,3 milhões, um aumento de 3,6% no trimestre e 19,8% em 12 meses. O mesmo cenário se repete com quem trabalha por conta própria, que aumentou 10,3% em um ano. Os dados apontam, ainda para 5,6 milhões de trabalhadores domésticos, que representam o setor com maior informalidade e com a menor renda. Nesse caso, o crescimento anula foi de 19,9%.

Com isso, a taxa de informalidade segue elevada – e corresponde a 40,4% dos ocupados, ou 38,5 milhões. Perto do registrado no trimestre anterior (40,7%) e bem acima de igual período de um ano atrás (39,2%).

Para Leandro Soares, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), os dados são resultado de uma política de retrocessos. Ele lembra que tanto Temer quanto Bolsonaro implantaram uma série de medidas que retiraram direitos da classe trabalhadora e não geraram os empregos prometidos.

“Nós sempre alertamos que não se cria empregos retirando os direitos tão duramente conquistados. A realidade está para comprovar: desde a Reforma Trabalhista, o desemprego cresceu e jogou os trabalhadores em postos de trabalho precários e na informalidade. Com isso, vemos as pessoas mal conseguindo colocar um prato de comida na mesa da família. É um cenário de caos, de desrespeito com que garante a produção e, consequentemente, gera riqueza e faz a economia do país. Isso precisa mudar”.

Renda cai para todos
Os chamados subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar mais, são 27,758 milhões, com queda de 15,5% em um ano. A taxa de subutilização caiu para 23,9%. Já os desalentados somam agora 4,754 milhões, -18,7% na comparação anual.

Estimado em R$ 2.489, o rendimento médio caiu 1,1% no trimestre e 9,7% em um ano. Ainda no acumulado em 12 meses, queda tanto para o com carteira (-7,1%) como para o sem (-9,1%). Assim como ocupações de menor renda, como trabalhador doméstico (-3,1%) e por conta própria (-2,7%). Mas cai fortemente também no setor industrial (-14,5%) e no comércio (-6%), um dos principais responsáveis pela recuperação de empregos. A massa de rendimentos (R$ 232,594 bilhões) ficou estável.

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