A taxa de desemprego ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril, segundo informou o IBGE na manhã desta terça-feira (31). De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o número de desempregados está estimado em 11,349 milhões – menos 5,8% no trimestre e menos 24,6% em 12 meses. A informalidade do mercado de trabalho, ainda acima dos 40%, ajuda a explicar parte dessa redução. A renda voltou a cair.
Assim, o total de ocupados foi estimado em 96,512 milhões, maior número da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. A ocupação cresceu 10,3% em relação a igual período do ano passado. Mas enquanto o emprego com carteira assinada no setor privado aumentou 11,6%, o emprego sem carteira subiu 20,8%. Já o trabalho por conta própria teve alta de 7,2% em 12 meses.
Dessa forma, a estrutura do mercado de trabalho pouco se alterou em um ano. Os empregados com carteira (35,247 milhões) eram 36,1% dos ocupados e agora representam 36,5%. Os sem carteira (12,474 milhões) foram de 11,8% para 12,9%. E os por conta própria, de 27,2% para 26,4%. No serviço doméstico, o número de trabalhadores (5,769 milhões) cresceu 22,7% em um ano.
A taxa de informalidade corresponde a 40,1% da população ocupada. São 38,7 milhões de trabalhadores informais. Essa participação era de 40,4% no trimestre anterior e de 39,3% há um ano.
Os chamados subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar mais, agora somam 26,096 milhões, queda de 6% no trimestre e de 22,5% em 12 meses. A taxa de subutilização recuou para 22,5%. E os desalentados são 4,451 milhões (o correspondente a 4% da força de trabalho).
Estimado em R$ 2.569, o rendimento médio dos ocupados ficou estável no trimestre. Em relação a igual período de 2021, a renda caiu 7,9%.