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Sorocaba

Hospital Vera Cruz sofre com falta de alimentos, dizem funcionários

Um grupo de funcionários do Hospital Psiquiátrico Vera Cruz de Sorocaba fez um ato na manhã desta segunda, 5, em frente ao local para protestar contra a falta de alimentos para os pacientes da unidade

Jornal Cruzeiro do Sul / Ana Cláudia Martins
ERICK PINHEIRO / JCS

Um grupo de trabalhadores fez um ato na manhã desta segunda em frente ao hospital

Um grupo de funcionários do Hospital Psiquiátrico Vera Cruz de Sorocaba fez um ato na manhã desta segunda-feira (05) em frente ao local para protestar contra a falta de alimentos para os pacientes da unidade. Segundo os funcionários, o hospital está atualmente com mais de 300 pacientes e desde o final de semana a alimentação deles, que deveria ter seis refeições por dia, está somente com duas, sendo o almoço e a janta.

Além disso, os trabalhadores alegam que também faltam médicos e funcionários para a limpeza do hospital. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sorocaba e região (SinSaúde) disse que somente uma funcionária está fazendo a limpeza de oito pavilhões. “Já a comida hoje por exemplo os trabalhadores alegam que só tem arroz e mais nada”.

De acordo com o sindicato da categoria, as refeições dos funcionários também foram cortadas e eles têm que trazer comida. A auxiliar de enfermagem Denise Souza Ribeiro conta que chega a dividir sua própria comida com os pacientes. “Eles tem muita fome principalmente em função de alguns medicamentos, mas estão tendo apenas duas refeições diárias, sendo que no final de semana foi uma sopa muito rala”, alega.

Há pouco mais de duas semanas, os trabalhadores entraram em greve por conta do atraso no pagamento dos salários. Representantes do Sindicato da categoria disseram que deverão cobrar providências e não descartaram a possibilidade de uma nova paralisação. O impasse está diretamente relacionado ao atraso no repasse de recursos pela Prefeitura de Sorocaba à Associação Paulista de Gestão Pública (APGP), responsável pela administração do hospital.

O presidente do SinSaúde informou que após o protesto um representante da APGP pediu que seja feito um levantamento dos alimentos necessários para garantir as refeições dos pacientes por pelo menos 10 dias.

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