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Campanha Salarial

Grupos 3, 8 e 10 têm negociações na próxima semana

Patrões marcam negociações até dia 13. Metalúrgicos querem aumento real de salários e podem parar a partir de segunda, dia 12

Imprensa Smetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Hoje, dia 9, foi a vez dos metalúrgicos da Jaraguá contribuírem com a campanha, participando de mobilização sindical em frente à fábrica

Hoje, dia 9, foi a vez dos metalúrgicos da Jaraguá contribuírem com a campanha, participando de mobilização sindical em frente à fábrica

Confira as próximas negociações entre a FEM/CUT e os grupos patronais. A data-base dos metalúrgicos venceu já no dia 1º de setembro. As negociações acontecem sempre na região da Grande São Paulo. Dirigentes de Sorocaba participam das reuniões.

Grupo 3 – segunda, dia 12, às 10h
Grupo 8 – terça, dia 13, às 10h
Grupo 10 – terça, dia 13, às 14h

Categoria pode parar
Embora os patrões estejam marcando negociações para a próxima semana, a categoria metalúrgica na região de Sorocaba pode iniciar paralisações nas fábricas a partir do dia 12. Uma assembleia de metalúrgicos na sede do Sindicato, no último domingo, autorizou a entidade sindical a liderar greves a qualquer momento a partir da próxima segunda.

Propostas rejeitadas
Em negociações nesta quinta-feira, dia 8, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, rejeitou propostas de reajuste salarial de mais dois grupos patronais: Fundição e Grupo 2 (G2). Os patrões do G2 ofereceram 8,5% de reajuste na data-base (1º de setembro) e o grupo das fundições propôs 9%.

A inflação medida pelo INPC/IBGE desde a última data-base dos metalúrgicos (12 meses) está acumulada em 7,4%. Isso significa que o reajuste proposto pelo G2 representa apenas 1,02% de aumento real; e o das fundições, 1,49% de aumento real.

Até agora, a FEM/CUT reprovou todas as propostas econômicas dos setores metalúrgicos ligados aos Grupos 3, 2, 8, 10 e Fundição. Todas as propostas rejeitadas previam em torno de 1% de aumento real.

Os metalúrgicos desses grupos querem reajuste superior aos das montadoras, que foi de 10% este ano. Eles também não aceitam trocar o aumento real (acima da inflação) por abonos. “Queremos valorização dos salários e não remuneração variável e temporária, como é o abono”, afirma João Farani, vice-presidente do Sindicato em Sorocaba e secretário-geral da FEM/CUT.

Mobilizações na região de Sorocaba
Os metalúrgicos de Sorocaba estão mobilizados para exigir dos patrões reajuste salarial e cláusulas sociais na Convenção Coletiva de Trabalho. Hoje, dia 9, o Sindicato liderou assembleia de mobilização dos trabalhadores da empresa Jaraguá.

Antes da Jaraguá, nos últimos dias, houve mobilizações na ZF, Difran, Wobben, Prysmian, Tecforja, Tecsis e Bardella.

Além disso, nos últimos 15 dias, já houve assembleias da campanha salarial na CNH/Case, Grupo Schaeffler, Dana, Apex Tool, Syl freios, Jabil, YKK, Metalvic e na Edscha.

FEM/CUT e bancadas patronais
A FEM/CUT representa 14 sindicatos de metalúrgicos do estado, incluindo a região de Sorocaba. Essas entidades sindicais, por sua vez, representam 250 mil metalúrgicos, sendo 44 mil em Sorocaba e região.

A FEM negocia com sete bancadas patronais do setor metalúrgico. Confira os grupos patronais:

– Montadoras/acordo firmado por dois anos – 10% de reajuste, sendo 5% de aumento real no período do acordo.

– Fundição/proposta de 9% rejeitada dia 08/09;

– Estamparia de metais;

– Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)/proposta de 8,5% rejeitada dia 08/09;

– Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)/ proposta de 8,3% rejeitada dia 05/09;

– Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)/proposta de 8,5% rejeitada dia 6/09;

– Grupo 10 (reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)/proposta de 8,2% rejeitada dia 06/09.

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