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Acordo

Grupo ZF terá política internacional de Recursos Humanos

O chamado "acordo-marco internacional" da ZF foi um dos principais assuntos do 4º Encontro da Rede Nacional dos Trabalhadores da ZF, que foi realizado dias 25 e 26 em Sorocaba

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Lilo, dirigente sindical na matriz ZF Friedrichshafen, veio a Sorocaba explicar o funcionamento do

Lilo, dirigente sindical na matriz ZF Friedrichshafen, veio a Sorocaba explicar o funcionamento do

A partir de janeiro de 2012, as 130 fábricas do grupo ZF no mundo terão que seguir um acordo negociado na matriz da empresa, na Alemanha, que garante princípios básicos de relações dos patrões para com os funcionários e com a sociedade.

O chamado “acordo-marco internacional” da ZF foi um dos principais assuntos do 4º Encontro da Rede Nacional dos Trabalhadores da ZF, que foi realizado em Sorocaba dias 25 e 26 de novembro e reuniu dirigentes sindicais de quatro cidades brasileiras onde há fábricas do grupo.

Para explicar o acordo, três sindicalistas alemães participaram do encontro em Sorocaba, além de assessores e técnicos da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) e do Dieese.

Algumas garantias previstas no documento são a proibição do trabalho infantil, o direito de se sindicalizar e de participar de ações sindicais, a proibição de discriminação religiosa, de raça ou de opção sexual nas fábricas ZF, a obrigatoriedade de oferecer condições saudáveis de trabalho, a proibição do trabalho forçado, entre outras.

Pelo acordo, os fornecedores da ZF também devem respeitar as normas de responsabilidade social.

Em cinco idiomas
Nas próximas semanas, o acordo será traduzido do Alemão para outros quatro idiomas (Inglês, Chinês, Espanhol e Português) e, até janeiro, será entregue aos diretores das fábricas ZF no mundo todo. O documento contém assinatura de diretores internacionais do grupo, que se responsabilizam pelo cumprimento do acordo nas fábricas.

A sindicalista Lilo Radermacher, integrante do sindical nacional dos metalúrgicos na Alemanha (IG Metall) e do conselho fiscal da matriz da ZF, pediu que os metalúrgicos brasileiros ajudem a divulgar o acordo e que denunciem qualquer irregularidade ao sindicato na matriz. “Assim poderemos fazer pressão na matriz”, informou Lilo.

“Apenas seremos fortes se agirmos internacionalmente para melhorar as condições de trabalho na ZF”, disse a sindicalista alemã no último sábado, 26, durante o encontro realizado em Sorocaba. “O acordo não pode ser apenas papel. Os seres humanos devem reivindicar os próprios direitos”, concluiu.

Comitiva alemã
Além de Lilo, fizeram parte da comitiva da Alemanha Hans Kirchgässner, presidente do Conselho Europeu de Empresa e do conselho geral dos trabalhadores da ZF; e Volker Kick , membro do Conselho Europeu de Empresa e do conselho geral dos trabalhadores da ZF.

Hans explicou como funcionam as leis trabalhistas, os acordos e o sistema de representação sindical na ZF alemã. Ele, que já visitou fábricas locais do grupo várias vezes, afirmou ter ficado surpreso com as “más condições de segurança” nas fábricas ZF no Brasil.

Outros assuntos
Durante o encontro em Sorocaba os dirigentes sindicais também discutiram a situação dos trabalhadores e das fábricas nas diferentes fábricas da ZF no Brasil. Participaram do evento representantes sindicais da ZF de Sorocaba, Araraquara, Belo Horizonte e São Bernardo do Campo.

Os sindicalistas dessas quatro cidades também decidiram estratégias de ação conjunta que deverão ser colocadas em prática a partir de 2012.
O evento foi organizado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM) e pela Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES).

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