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Operação Zelotes

Grupo Gerdau é suspeito de sonegar R$ 1,5 bilhão

A Polícia Federal deflagrou na quinta, dia 25, nova fase da Operação Zelotes e realizou buscas em sedes do grupo siderúrgico Gerdau. A suspeita é de que a empresa tenha subornado agentes públicos

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Terto: Gerdau também não cumpre CCT

Terto: Gerdau também não cumpre CCT

A Polícia Federal deflagrou na quinta-feira, dia 25, nova fase da Operação Zelotes e realizou buscas em sedes do grupo siderúrgico Gerdau. A suspeita é de que a empresa tenha subornado agentes públicos para livrar-se de R$ 1,5 bilhão em impostos.

Segundo a PF, o grupo Gerdau teria fechado contratos com escritórios de advocacia que atuaram de maneira ilícita para manipular o andamento de julgamentos e decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Na quinta-feira foram tomados 22 depoimentos, entre eles do CEO do grupo Gerdau, André Gerdau, filho do empresário Jorge Gerdau, e apreendidos documentos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.

Araçariguama

Além de ser suspeita de suborno, a Gerdau também causa problemas trabalhistas. Em dezembro de 2015, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) entrou com ação coletiva contra a Gerdau, em Araçariguama, exigindo que a empresa aplique o reajuste de 9,88%, prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria (Grupo 8).

Segundo o presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva, após tentar coagir os trabalhadores a aceitarem a proposta de substituir o reajuste por abono salarial, a empresa fez a mudança sem a aprovação dos trabalhadores. Com isso, houve achatamento salarial nos últimos meses, causando perdas no salário, 13º salário, FGTS e aposentadoria futura.

A ação aguarda sentença do juiz desde 16 de fevereiro de 2016. Situações semelhantes à da Gerdau de Araçariguama ocorrem em todas as plantas da empresa no país.

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