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Paralisação

Greve na Toyota em Sorocaba entra no seu terceiro dia

A próxima assembleia, para avaliar eventual proposta de acordo, será na segunda-feira. Até lá, montadora fica sem produção

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

As 6h de segunda-feira, dia 7, o Sindicato vai realizar uma nova assembleia com os trabalhadores em frente à fábrica

Com a aprovação da continuidade da greve pelos trabalhadores do segundo turno, às 17h desta sexta-feira, dia 4, a greve na montadora de veículos Toyota, em Sorocaba, entra no seu terceiro dia.

Os funcionários do primeiro turno também já haviam aprovado a continuidade do movimento em assembleia sindical, na porta da empresa, na manhã de hoje.

Os metalúrgicos da Toyota reivindicam aumento do piso salarial, reajuste do adicional noturno e vale-compra. Até o início da noite desta sexta, a empresa ainda não havia apresentado proposta de acordo.

A empresa não tem jornada de trabalho nos finais de semana, exceto quando há necessidade de horas extras. Como as horas extras estão suspensas devido à greve, a paralisação deve continuar pelo menos até a manhã de segunda-feira.

As 6h de segunda-feira, dia 7, o Sindicato vai realizar uma nova assembleia com os trabalhadores em frente à fábrica, para votação de eventual proposta de acordo ou para dar continuidade ao movimento grevista.

Reivindicações

O sindicato da categoria vem tentando negociar as reivindicações [aumento do piso salarial, reajuste do adicional noturno e vale-compra] com a empresa desde o mês de março, mas somente na última terça-feira a Toyota apresentou uma proposta de acordo, que foi rejeitada pelos trabalhadores, dando início à paralisação.

A proposta oferecia 1,82% de aumento real no piso salarial e prometia atender às demais reivindicações somente em abril de 2014.

Interdito proibitório

Na quinta-feira, dia 3, a Toyota pediu uma liminar na Justiça para tentar afastar o Sindicato da fábrica, o chamado “interdito proibitório”. A liminar foi concedida, mas não coibiu o direito de greve nem a atuação sindical.

O despacho do juiz Walter Gonçalves, da 3ª Vara do Trabalho de Sorocaba, garantiu a permanência do sindicato em frente à empresa, mas proibiu a realização de piquetes para barrar a entrada de funcionários que quiserem furar a greve.

Mas juiz também determinou à Toyota que não adote nenhuma medida que obrigue ou pressione o funcionário a entrar para o trabalho. O juiz veda à empresa a prática de qualquer constrangimento contra o funcionário grevista; e garante ao sindicato e aos trabalhadores a plena divulgação do movimento.

Após o “interdito”, a greve manteve a adesão de 90% dos trabalhadores.

Primeira greve

Esta é a primeira greve na Toyota em Sorocaba. A unidade local tem 1.500 trabalhadores, foi inaugurada em agosto de 2012 e produz 70 mil unidades do modelo Étios por ano.
O piso salarial na fábrica atualmente é de R$ 1.654, já com os 6,07% de reajuste previsto na campanha salarial da categoria no estado para as montadoras.

As assembleias que aprovaram a greve aconteceram na tarde de quarta-feira, com o segundo turno; e na manhã de quinta, dia 2, com o primeiro turno.

A Toyota de Sorocaba fica no quilômetro 92 da Rodovia Castello Branco, zona norte da cidade.

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