Cerca de 80% dos trabalhadores do primeiro turno mantiveram paralisação nesta quinta-feira
Trabalhadores do primeiro turno da Toyota de Sorocaba mantiveram na manhã desta quinta-feira, dia 10, a greve iniciada na tarde do último dia 2. Com isso, o movimento grevista na montadora chega ao seu oitavo dia.
Até o momento, aproximadamente 80% dos trabalhadores do primeiro turno mantêm a adesão à greve. Já o setor administrativo, com 300 funcionários, praticamente não aderiu ao movimento.
Os trabalhadores reivindicam reajuste no piso salarial, aumento do adicional noturno e fornecimento de vale-compra.
Entre 6h e 8h da manhã, os metalúrgicos ficaram em frente à montadora, pois havia a expectativa de que representantes da empresa apresentassem nova proposta de acordo que poderia ser colocada em votação. Entretanto, a proposta não foi apresentada e os metalúrgicos voltaram para as suas casas.
“A expectativa por uma nova proposta ainda existe e, se ela chegar a tempo, nós vamos colocá-la para votação em uma assembleia com os dois turnos, no período da tarde”, explica o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, João Farani.
Segundo o diretor do Sindicato, o representante da empresa de Sorocaba confirmou que, às 10 horas, participará de uma videoconferência com a diretoria da matriz no Japão e não está descartada a construção de uma nova proposta. A posição do negociador da montadora suspende, pelo menos provisoriamente, a decisão da Toyota anunciada na quarta-feira de levar a greve para dissídio no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas.
Na quarta-feira, dia 9, os trabalhadores da Toyota rejeitaram a primeira proposta apresentada pela empresa desde o início da greve.
Nota da redação
Em reunião com dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos, realizada na tarde desta quinta-feira, representantes da Toyota de Sorocaba se limitaram em dizer que a bancada de negociação está desfeita e nenhuma nova proposta de acordo será apresentada pelos negociadores da fábrica de Sorocaba. Além disso, qualquer decisão que vier a ser tomada será de iniciativa da matriz da empresa, no Japão.
