No terceiro dia de greve dos coletores de lixo e dos motoristas de Sorocaba, as ruas da cidade já acumulam grande quantidade de lixo. A paralisação de todos os trabalhadores do Consórcio Sorocaba Ambiental (CSA) foi deflagrada por volta das 17h da última sexta-feira.
O Sindicato do Empregados em Turismo e Hospitalidade de Sorocaba e Região (Sinetur) e o Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, realizaram nova assembleia na manhã desta segunda-feira e alegaram a ausência de acordo com o CSA. Apesar disso, eles dizem estar abertos a negociações.
Segundo os dois sindicatos, desde o início da greve um contingente de 30% dos trabalhadores continuava na ativa para cobrir o serviço essencial, atendendo prioritariamente hospitais, avenidas de maior movimentação e área central. No fim de semana, a Prefeitura utilizou a mão de obra e caminhões da Secretaria de Serviços Públicos (Serp), além de reeducandos – presos em regime semiaberto, para realizar o serviço. Em resposta à operação, os coletores decidiram, em assembleia, promover uma paralisação total, sem manter os 30% previstos inicialmente. A partir de hoje, 100% dos trabalhadores estão paralisados por tempo indeterminado e o retorno, segundo eles, só acontece através de ordem judicial.
Às 17h desta segunda deve acontecer nova assembleia no galpão da CSA para discutir as negociações e o andamento da greve.
Reivindicações
Inicialmente, a reivindicação dos condutores e dos coletores era de reajuste de 18% — sendo 15% para cobrir a inflação do período e 3% de aumento real. Após três rodadas de negociação na semana passada, porém, os sindicatos reavaliaram a proposta de reajuste para 12,35%. O Consórcio Sorocaba Ambiental (CSA), por sua vez, ofereceu contraproposta de 11,8%, mas o índice foi rejeitado pela categoria.