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Trabalho

Greve dos bancários para matriz do Bradesco e mais de 7 mil agências

Paralisação atinge 14 grandes centros administrativos nesta sexta (20), como a Cidade de Deus, sede do maior banco privado do país. Categoria faz assembleias na segunda para dar continuidade à greve

Rede Brasil Atual
Maurício Moraes/Sindicato dos Bancários

Cerca de 11 mil pessoas trabalham na sede do Bradesco

O segundo dia de greve nacional dos bancários apresentou hoje (20), de acordo com informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), aumento da adesão em várias regiões do país.

O número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados subiu de cerca de 6.145 para 7.282, conforme dados enviados por 143 sindicatos que integram o Comando Nacional da categoria. Os serviços de autoatendimento continuam operando normalmente.

Na capital paulista foram afetadas 645 agências e 14 centros administrativos, onde trabalham, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, 32 mil pessoas. Somente a Cidade de Deus, onde fica a Matriz do Bradesco, tem cerca e 11 mil funcionários. “O silêncio dos bancos vai fazer a greve aumentar”, diz a presidente do sindicato em São Paulo. Juvandia Moreira, também funcionária do Bradesco.

De acordo com o Comando Nacional, o aumento das pressões e da sobrecarga de trabalho tem contribuído para estimular a adesão espontânea dos bancários à greve – numa combinação inversa de melhora dos resultados das instituições financeiras e queda da massa salarial no chamado Valor Adicionado dos Bancos (VAB), uma espécie de PIB do sistema.

Estudo feito com base nos relatórios anuais da federação dos bancos demonstra que no período entre 1999 e 2005, a participação média dos trabalhadores no VAB era de 50,1%, enquanto a fatia dos acionistas era de 25,9%. No período 2006-2012, a remuneração do trabalho caiu para 37,1% e a do capital subiu para 39,6%.

Na segunda-feira, os sindicatos voltam a fazer assembleias para avaliar as paralisçãoes e discutir novos passos do movimento nacional. Em São Paulo, o encontro será às 17h, na Quadra do Sindicato e, na terça-feira (24), está prevista passeata na Avenida Paulista, a partir das 16h, saindo do vão livre do Masp.

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