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Governo estadual passa a fornecer apenas a merenda seca

Uma professora da rede estadual, que preferiu não se indentificar por medo de retaliação, informou que os funcionários foram comunicados da mudança e também orientados a não comentar sobre o problema

Jornal Cruzeiro do Sul
Foguinho/Imprensa SMetal

Uma nova empresa está sendo contratada em caráter emergencial e deve iniciar o serviço na próxima semana

Cerca de 60 mil alunos das 85 escolas estaduais de Sorocaba estão recebendo a chamada “merenda seca”, em substituição a alimentação tradicional. A situação teve início no dia 1, após o vencimento do contrato do Estado com a empresa Soluções Serviços Terceirizados. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Refeições Coletivas de São Paulo (Sindirefeições) de Sorocaba, 250 merendeiras foram demitidas e a distribuição dos alimentos será feita por funcionários das próprias escolas.

De acordo com a Diretoria Regional de Ensino de Sorocaba, a mudança ocorre porque a empresa responsável pela execução dos serviços de preparação e distribuição dos alimentos está impossibilitada de assinar novo contrato por ter descumprido obrigações contratuais na prestação de serviços com o Governo do Estado. Uma nova empresa está sendo contratada em caráter emergencial e deve iniciar o serviço na próxima semana, informa.

“Os alunos das escolas citadas pela reportagem estão recebendo merenda não manipulada, composta por pães, achocolatados, sucos, barras de cereais e frutas”, acrescenta a Diretoria por meio de nota.

Uma professora da rede estadual, que preferiu não se identificar por medo de retaliação, informou que os funcionários foram comunicados da mudança e também orientados a não comentar sobre o problema. Segundo ela, a refeição se resume a bolacha e sucos industrializados, de caixinha. A Soluções Serviços Terceirizados assumiu o serviço no dia 2 de abril de 2015 e de lá pra cá a refeição oferecida aos alunos passou a ser preparada com produtos enlatados, fornecidos pelo Estado, ficando a cargo das merendeiras apenas o manuseio final.

Segundo Alessandra Baldino Bercio, diretora do sindicato que representa as merendeiras, as trabalhadoras que foram demitidas ainda não tiveram nenhum problema para receber os valores da recisão. Ela também informou que o Estado não se posicionou ou definiu ao sindicato um prazo para a contratação da nova empresa que assumirá o serviço.

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